“Não há duvidas de que houve legítima defesa”, diz delegada sobre engenheiro morto a facadas
Maurício Arende, de 36 anos, foi morto com cerca de 20 facadas
A morte do engenheiro Maurício Arend, de 36 anos, ocorrida em 12 de abril, é cercada de dúvidas. Segundo a Polícia Civil, que investiga a morte, as provas reunidas até o momento indicam que a suspeita investigada pelo crime teria agido em legítima defesa.
“Não há duvidas de que houve legítima defesa. A gente apura, agora, se houve excesso”, diz a delegada responsável, Ana Luísa Pippi. Ainda não está clara a relação entre os dois e o que motivou o crime. A suspeita, cujo nome não foi divulgado, chegou a ser presa em flagrante, mas foi solta.
O excesso, segundo a delegada, é o número de facadas identificadas no corpo do engenheiro: mais de 20. Ana Luísa aponta que a quantidade de facadas poderia ser justificada pela diferença de tamanho entre Arend e a suspeita: o engenheiro era uma pessoa grande e a mulher, pequena.
A investigação
Segundo a investigação policial, Arend foi morto dentro do apartamento da mulher, em Santa Cruz do Sul. Em depoimento à policia, a mulher se limitou a dizer que agiu em sua defesa e do seu filho, um adolescente de 15 anos.
O adolescente também foi interrogado. Ele disse que conheceu o engenheiro naquele dia e que ele e a sua mãe não tinham um relacionamento. Além disso, que, em certo momento do dia, o homem começou a quebrar coisas dentro do apartamento e a agredir sua mãe. Para se defender, ela teria esfaqueado Maurício.
O engenheiro já teria estado por duas vezes no apartamento naquele dia. Além disso, imagens de câmeras de segurança do prédio obtidas pela polícia mostram os dois passeando pela área do prédio.
A Polícia Civil encontrou o apartamento bagunçado quando foi até o local para a perícia, o que indica que houve briga. Duas facas foram apreendidas e encaminhadas ao Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Além disso, a delegada Ana Luísa conta que o engenheiro tem histórico de violência contra a ex-namorada, caso que aconteceu há cerca de um mês, além de posse de drogas.
“Estamos investigando se ele tinha algum tipo dependência ou questão psiquiátrica”, explica a delegada.
Fonte: g1 RS