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“Não tenho preocupação em estar na vitrine”, diz Leite ao descartar candidatura

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Governador do RS esteve cumprindo agenda em Bento Gonçalves na tarde desta terça-feira, 18/01, e aproveitou para responder perguntas de jornalistas

Foto: Eduarda Bucco

O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite esteve cumprindo agenda em Bento Gonçalves na tarde desta terça-feira, 18/01. Leite desembarcou por volta das 14h no aeródromo municipal, acompanhado do secretário de Turismo Ronaldo Santini e do secretário-chefe da Casa Civil Artur Lemos Júnior. Após participar de uma breve reunião com a vice-prefeita de Caxias do Sul, Paula Ioris, Leite parou para conversar com os jornalistas locais. Na sequência, seguiu para o Vale Aurora, a fim de acompanhar as obras de asfaltamento na via que liga Faria Lemos (ERS-431) ao Vale dos Vinhedos (saindo pela BR-470). Depois, aproveitou a ocasião para acompanhar a programação da Vindima no interior do município.

Entre os assuntos abordados na coletiva de imprensa, Eduardo Leite reforçou sua decisão de não ser candidato à reeleição no governo do RS. “Todos nós, seres humanos, temos vaidade. Políticos têm um pouquinho mais, porque trabalham com a sua imagem, mas a gente não pode estar na política apenas por vaidade ou projeto pessoal”, disse. “Eu me realizo sendo governador e fico feliz por ter conseguido virar o jogo. Assumimos em 2019 um Estado que não pagava os salários em dia, tinha atrasos com municípios, obras paralisadas por falta de recursos. E temos em 2022 um Estado que reduz impostos e faz investimentos históricos, que tem as contas em dia”, complementou o governador.

Ainda sobre esse assunto, Leite revelou acreditar que a decisão de não ser candidato facilitou os caminhos para aprovação de reformas e projetos importantes junto à Assembleia Legislativa. “Se fosse candidato, eventualmente meu caminho teria sido mais difícil para conseguir apoio”, analisou. “Mas vamos trabalhar para que tenhamos continuidade do projeto de governo”, continuou.

Leite foi questionado também sobre o apoio a algum possível candidato ao governo do Estado, como o político Gabriel Souza (MDB) e o vice-governador e secretário de Segurança Pública Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). “O Ranolfo é um belo quadro. Sujeito leal, parceiro e competente. Tivemos com ele os melhores indicadores da Segurança Pública das últimas décadas”, destacou Leite. “Mas é legítimo que o MDB aspire retornar à liderança do projeto e o Gabriel conhece bem o Estado e suas pautas. No tempo certo, provavelmente a partir de março, vamos intensificar essas conversas dentro da base do governo. Mas é importante que MDB e PSDB estejam juntos”, afirmou.

Sobre seu futuro na política, o governador alegou não estar pensando em janeiro de 2023. “Temos um longo ano pela frente e R$ 5 bilhões para garantir execução”, comentou, fazendo referência aos investimentos totais previstos para este ano no RS. Mesmo assim, Leite afirmou não estar preocupado com sua manutenção na política. “Quando deixei de concorrer à reeleição [a prefeito] em Pelotas, me falaram que eu iria perder espaço. Mas aí fui morar no exterior, fiquei morando em São Paulo fazendo mestrado e, mesmo assim, me tornei governador do Estado. Então não tenho essa preocupação de estar na vitrine. Vou cuidar da minha vida e, depois, se a população desejar, vou voltar para a política”, declarou.

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