No pior momento, RS chegou a ter 170 bloqueios em rodovias estaduais, diz governo

Na quinta-feira, 09/05, eram 73 trechos com bloqueios totais e parciais em 43 rodovias

No pior momento, RS chegou a ter 170 bloqueios em rodovias estaduais, diz governo
Foto: Prefeitura Bento

As fortes chuvas e enchentes que afetam o Rio Grande do Sul desde a semana passada provocaram danos significativos nas estradas e pontes do Estado, com bloqueios em diversos trechos de rodovias. Os trabalhos de desobstrução estão acelerados, com 40 trechos em 20 rodovias já liberados para tráfego. O Departamento de Estradas de Rodagem (Daer) e a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), vinculados à Secretaria de Transportes e Logística (Selt), produziram levantamentos que mostram a evolução da situação das estradas desde o início das fortes chuvas, em 29 de abril.

Os dados permitem ver que, na manhã de 30 de abril, a chuva havia causado oito bloqueios totais, um bloqueio parcial e quatro pontos de observação nas rodovias estaduais.

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No pior momento, foram 170 pontos de bloqueios de 79 rodovias em 97 municípios nas rodovias estaduais do Rio Grande do Sul. Na quinta-feira, 09/05, eram 73 trechos com bloqueios totais e parciais em 43 rodovias, um número que pode mudar, já que a previsão é de mais chuvas para o Estado. Obras de arte especiais – como pontes, viadutos, passarelas e túneis – também foram muito afetadas. Apenas para esses casos, relatório preliminar do Daer estima os valores necessários para a recuperação em quase R$ 230 milhões, para se ter uma ideia do volume de recursos que serão necessários para os trabalhos de recuperação.

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Diante da evolução dos problemas causados nas rodovias, foi necessário pensar em uma ferramenta que permitisse o acompanhamento dos bloqueios em tempo real. Assim surgiu o mapa interativo, que reuniu as informações coletadas pelo Daer, Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). A iniciativa permitiu o levantamento dos pontos com bloqueios em rodovias. Antes, a integração das informações entre esses órgãos já vinha possibilitando iniciar o mapeamento das rotas para a entrega de produtos essenciais e para o tráfego da população.

Foto: Divulgação

EGR avança na liberação de rodovias

Na área administrada pela EGR, apenas dois trechos permanecem totalmente bloqueados por haver danos estruturais: no km 75 da ERS-130, entre Lajeado e Encantado, onde a ponte sobre o Rio Forqueta desabou; e no km 80 da ERS-129, em Muçum, devido ao desmoronamento da pista. Para esses casos, a EGR já anunciou a execução de um plano de ação emergencial de recuperação. Nas demais, o trânsito está liberado.

Daer trabalha para desobstruir rodovias em todo o estado

Os trabalhos de desobstrução são realizados em todas as superintendências regionais do Daer. Na Região Metropolitana e parte do Vale do Caí, os maiores danos verificados foram nas rodovias federais. Nas rodovias estaduais, os eventos que mais geraram bloqueios foram água na pista e erosões, que já estão sendo contidos, por meio do contrato de conservação de rodovias.

Na região de Bento Gonçalves, mesmo em locais como a ERS-431, onde ainda havia uma ponte colapsada na enchente de setembro, novos danos ocorreram. Em Lajeado, a balsa foi levada pela correnteza, colidindo com a ponte do Rio Taquari. Na região, houve também danos em rodovias municipais, como na ponte da ERS-444, em Santa Tereza. Por ser a única ligação asfáltica do município, o Daer solicitou apoio ao exército para a instalação de uma ponte móvel.

As rodovias da região de Santa Maria também foram bastante prejudicadas. Na via estadual de acesso ao município de Dilermando de Aguiar, a ponte teve dano estrutural irreversível, com a ruptura de um dos pilares. Como é o único acesso ao município, o Daer solicitou apoio junto ao exército para a instalação de ponte móvel.

A região do Vale do Taquari foi uma das mais afetadas. Entre Travesseiro e Marques de Souza, a ponte colapsou. Apesar de ser uma via municipal, é a única ligação do município de Travesseiro com a BR-386. Por isso, o Daer também solicitou apoio do exército para avaliar a instalação de ponte móvel. Quedas de barreira, erosão no asfalto e água sobre a pista atingiram diversos pontos da região. Os trabalhos seguem em busca da desobstrução dos trechos bloqueados.

Na região de Cachoeira do Sul, na ERS-403, a água passando sobre a ponte do Rio Botucaraí provocou a interdição do trecho situado no km 39. Entre Agudo e Dona Francisca, na ERS-348, quilômetros de asfalto foram destruídos pela força das águas.

As demais regiões tiveram danos menores, com bloqueios causados principalmente por água sobre a pista.

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