Noite para premiar e cobrar

As dez empresas supermercadistas que mais se destacaram por seu crescimento em 2013 e as quatro agências de publicidade que, com ações de marketing, mais contribuíram para o desenvolvimento do segmento supermercadista do Estado foram homenageadas na noite de terça-feira, dia 8, durante o prêmio Ranking Agas. O evento, realizado no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, e promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), apresentou o novo formato da premiação, uma espécie de Carrinho Agas (evento que reconhece os melhores fornecedores para o setor). “A intenção dessa nova premiação é reconhecer também os supermercados que investem, qualificam-se e colhem os frutos pelo seu trabalho de vanguarda”, sinaliza o presidente da Associação.

Foram homenageadas as seguintes empresas: Walmart, de Porto Alegre; Companhia Zaffari, de Porto Alegre; Unidasul, de Esteio; Supermercados Guanabara, de Rio Grande; Master ATS Supermercados, de Erechim; Supermercados Nicolini, de Bagé; Super Kan, de Porto Alegre; Supermercado Formenton, de Canoas; Supermercado Kern, de Ivoti; e Sonaglio Comércio de Alimentos, de Alvorada. As agências de publicidade homenageadas foram: Agência Attitude, de Lajeado, com o case Fruki; Agência Competence, de Porto Alegre, com o case Banrisul; Agência AMA, de Porto Alegre, com o case Supper Rissul; e Agência Matriz, também de Porto Alegre, com o case Fecomércio/RS.

A pesquisa do Ranking Agas deste ano contemplou as 331 maiores empresas do setor supermercadista gaúcho, que representam 82% do faturamento total do setor. Os supermercados do Estado registraram um crescimento real de 7,3%. A participação das companhias supermercadistas gaúchas no PIB estadual cresceu e, pela primeira vez, ultrapassa a casa dos 7%. Além disso, os supermercados do Rio Grande do Sul aumentaram a sua representatividade no faturamento total do setor no país, chegando aos 8%, levando a um faturamento de R$ 21,6 bilhões e superando os 91 mil empregos diretos.

 Discurso marcante

Como é de praxe, o presidente da Agas, o empresário bento-gonçalvense Antonio Cesa Longo, aproveitou a presença de lideranças políticas e empresariais no evento, para reivindicar diversas ações para o setor supermercadista. Confira alguns trechos de seu discurso:

– Sobre a compra de produtos de outros estados: “Conclamamos os colegas supermercadistas a valorizarem os produtos da indústria gaúcha em suas gôndolas. Igualmente, pedimos a atenção dos fornecedores, para que prestigiem seus tradicionais clientes, independentemente do tamanho. Estamos atentos ao fornecimento de produtos e participação de encartes, com direito a estes preços, a todos que apostarem em sua marca”;

– Sobre o aumento de impostos: “Nos causa surpresa que o Governo Federal aumente impostos de produtos para cobrir a falta de investimentos em infraestrutura, que deveria ser o seu papel. É o caso da recente alta nos tributos das bebidas, efetuada para compensar a renúncia fiscal do governo ao setor elétrico, que logo após à sua promulgação foi revertida. Precisamos de ações concretas de incentivo, e não de paliativos que serão pagos pelos mesmos consumidores em outros setores da economia. Não podemos cobrar tarifas que não contemplem a necessidade, para fins populistas e eleitoreiros de nossos governos”

 – Sobre investimentos dos supermercados: “Prezado Ricardo Neves, Diretor da Receita Estadual, precisamos buscar o creditamento  dos valores utilizados para a reforma de nossas lojas, adquiridos das Lojas e Indústria de Material de Construção de nosso Estado, já que em 2014, apenas 25 % das empresas supermercadistas pretendem fazer melhorias em suas lojas. Precisamos motivar o setor a reformar e ampliar suas lojas, adquirindo material da nossa indústria e varejo gaúcho”

– Sobre o custo com vale-transporte: “Estamos acompanhando com atenção a tramitação de projetos que visam transferir aos empregadores todos os custos com o vale-transporte do quadro funcional. Alertamos, desde já, para a ameaça deste projeto à subsistência de empresas de todos os setores, sobretudo às micro e pequenas, pelo crescimento desmedido nos custos que esta iniciativa irá trazer caso seja aprovada. O Congresso precisa uma nova cara, é óbvio que qualquer medida populista é boa para os políticos à curto prazo, e cara para o consumidor a médio prazo”

Reportagem: Raquel Konrad

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