Nomes apontados pelo clube não serão indiciados

Mais de dois meses depois, os episódios ocorridos dentro e fora do Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos, no dia 05 de março, seguem sendo investigados pela Polícia Civil. Um dos motivos da demora para o desfecho do inquérito é o fato de as testemunhas do ex-árbitro e atualmente comentarista de TV, Márcio Chagas da Silva, ainda não terem sido apresentadas. Algumas conclusões, no entanto, já foram tomadas pela investigação.

De acordo com a delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia, Maria Isabel Zerman, os dois suspeitos apontados pelo Esportivo de serem os autores das ofensas proferidas ao ex-árbitro não serão indiciados. Todas as informações e elementos possíveis foram apurados, sem provas suficientes para indiciá-los por injúria qualificada.

No momento, a polícia aguarda os depoimentos das testemunhas de Chagas para dar continuidade à investigação. Elas já deveriam ter sido ouvidas há alguns dias e, segundo a delegada, estão sendo reiterados os pedidos para que o advogado do ex-árbitro indique os nomes, ainda desconhecidos da investigação. Caso isso não ocorra nos próximos dias, o inquérito poderá ser concluído sem elas serem interrogadas. “Aqui em Bento a gente já apurou todas as informações que chegaram até nós e não temos mais nenhum dado novo. Estamos aguardando a oitiva dessas testemunhas para ver se há alguma coisa nova a acrescentar ao procedimento”, afirma a delegada.

A polícia acredita que as testemunhas prometidas por Chagas em depoimento em Porto Alegre poderão apresentar elementos novos com relação aos danos provocados no veículo. “Sobre as ofensas durante a partida, a Brigada Militar teria apontado algumas pessoas, e o Márcio teria mencionado que não gostaria de fazer nada em relação a isso. Então acreditamos que as testemunhas possam ser dos danos ao veículo”, conta a delegada.

O presidente do Esportivo, Luis Oselame, lamenta que o ex-árbitro não tenha levado adiante a possibilidade de denunciar os autores das ofensas durante a partida. Para o mandatário do alviazul, a denúncia imediata poderia ter evitado a extensão dos crimes, além de facilitar a investigação da polícia. “Se ele tivesse feito isso, já teríamos os nomes das pessoas responsáveis pelos insultos no dia. Além disso, poderia ter evitado o segundo ato, no veículo”, diz.

Para o crime de injúria qualificada, a pena é de um a três anos de reclusão, enquanto o dano prevê um a seis meses de detenção.

Segundo semestre

Encerra na próxima segunda-feira, dia 26, o prazo para inscrição das equipes na Copinha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF).

A tendência é que o Esportivo confirme participação. A direção do clube acredita que dificilmente será revertida a pena de perda de mandos de campo em julgamento do STJD – ainda sem data definida – e a participação na Copinha seria uma forma, também, de pagar essa punição.

A direção ainda estuda o orçamento necessário à participação no certame. A ideia inicial é montar um time mesclado pelos cinco jogadores que ainda têm vínculo com o clube, juvenis e outros cedidos por empresários. A comissão técnica, a princípio, seria formada por profissionais que atualmente trabalham na base.

O congresso técnico para definição de tabela e regulamento da competição está agendado para o dia 02 de junho. A abertura deve ocorrer no dia 16 de julho.

 

Reportagem: João Paulo Mileski

 

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