“Nossa tarefa é uma tarefa árdua”, diz Lula em primeira reunião com ministros

O presidente da República se reúne nesta sexta-feira, 06/01, com seus 37 ministros, incluindo Geraldo Alckmin (PSB), Simone Tebet (MDB), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT)

Foto: Reprodução TV Brasil

Na manhã desta sexta-feira, 06/01, o Governo Federal deu início à primeira reunião ministerial. Comandada pelo presidente Lula (PT), com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de outros 36 ministros, a reunião teve o enfoque de alinhar os trabalhos entre os chefes das pastas.

Lula discursou na abertura da reunião, que deve seguir pela tarde. Segundo o presidente, o governo tem um grande trabalho pela frente. “Nossa tarefa é uma tarefa árdua, mas é uma tarefa nobre. A gente vai ter que entregar esse país melhor”, disse.

Relação com o Congresso

Um dos comentários de Lula foi sobre a relação do governo com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Para o presidente, será necessário uma colaboração de ambos os lados, avançando em pautas legislativas que sejam em benefício dos brasileiros.

“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora que o buscar”, afirmou.

Citando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o petista afirmou que não haverá proibição de pautas, desde sejam pelo bem do povo.

“Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro. Então, eu quero que vocês saibam que vocês contem comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E assim nós vamos governar esses quatro anos”, destacou.

Apoio ministerial

Ao final de seu discurso, o presidente pontuou que apoiará seus ministros em bons e maus momentos. Pediu confiança de ambas as partes e compromisso com as pautas mais importantes do mandato.

“Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada, não deixarei nenhum de vocês. Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram indicados pelas organizações políticas que vocês pertencem, e eu respeito muito isso”, afirmou.

Em caso de erros graves (ou até crimes) por parte dos ministros, Lula afirmou que a pessoa será “convidada a se retirar” do governo. “A pessoa será simplesmente da forma mais educada possível convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça.”