Nova postura de líderes foi tema de palestra

O Brasil está vivendo o que os economistas chamam de “pleno emprego”. Diferentemente de outros tempos, sobram vagas e falta mão de obra no mercado. O termo “apagão da mão de obra” está em uso e exige uma nova postura do líder, conforme explicou o franqueado associado do Dale Carnegie Training para a Serra Gaúcha Domi Müller no Café com Informação desta quinta-feira, dia 31, promovido pelo Conselho da Empresária da Câmara de Indústria Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). “Hoje o líder tem que liderar pelo amor. Esse é o novo paradigma: o líder tem que gostar de gente. Precisa se conectar com o trabalhador, saber sua história, conhecer suas metas e sonhos. Elogiar mais do que criticar, saber ouvir. Esse é o papel do líder e não do RH porque é aí que ele faz a diferença”, definiu.

O palestrante ressaltou que atualmente o líder tem duas opções: contratar desempregados sem experiência e qualificação e investir em treinamento ou pagar bem pelo passe de um profissional que esteja em outra empresa. Seja qual for a opção, Müller afirmou que o líder precisa se dedicar às pessoas. “Somente comprometo pessoas quando eu me comprometo com elas”, resumiu. 

Müller salientou que os líderes não podem mais tratar seus liderados como no passado e dominar pelo medo, na base da ameaça. Para ele, os papéis se inverteram, agora é a vez do trabalhador, que quer se sentir valorizado.

De acordo com ele, as empresas vão ter que se adequar à nova realidade, pois a mão de obra não vai aumentar no futuro, tendo em vista que os casais estão optando por menos filhos. Portanto, os líderes terão que obter maior produtividade com menos pessoas, mas para isto, os colaboradores precisam estar envolvidos, satisfeitos e motivados.

Müller recomendou algumas das principais práticas de liderança amigável, que evidenciam o papel do líder servidor: troque imediatamente as críticas e queixas por elogios sinceros; desperte um veemente desejo e seja verdadeiramente interessado nas pessoas; sorria e trate-os pelo nome; seja um bom ouvinte, encoraje-os a falar sobre eles mesmos e fale do que os interessa; e faça-os sentirem-se importantes, e com sinceridade. 

O palestrante evidenciou os maiores problemas dos líderes brasileiros, considerados os mais centralizadores do mundo: não ouvem, nem dão satisfações; não enxergam os melhores profissionais da equipe; não escutam os colaboradores; e não divulgam informações.

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