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Nova variante da COVID-19 aumenta número de casos no RS e reacende alerta

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Em Bento Gonçalves, no momento, não há registros de internações causadas pela doença; desde o início da pandemia, foram 485 óbitos na cidade

Reprodução Internet

Uma nova subvariante do vírus que causa a COVID-19, a BQ.1 da ômicron (variante), tem causado um aumento no número de diagnósticos positivos da doença no Rio Grande do Sul, além de outros estados brasileiros e países da Europa e América do Norte. Mesmo que a maioria dos casos seja leve, eles acendem um alerta na área da Saúde. De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), houve aumento de 8% da taxa de positividade dos testes rápidos notificados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) em farmácias ou hospitais.

A partir disso, o Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento a Pandemia COVID-19 emitiu, no dia 11 de novembro, uma Nota Técnica com alerta e recomendações à população, com o reforço do uso de máscaras, da vacinação e a ampliação da testagem.

A BQ.1 ainda não é considerada uma versão mais severa da doença, porém, ela se demonstrou mais resistente e pode apresentar uma maior transmissibilidade, fazendo, assim, que novas subvariantes surjam e se multipliquem pela população. Contudo, a Nota Técnica ressalta que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas atuais contra COVID-19 devem seguir protegendo contra a doença e suas formas mais graves provocadas pela infecção por essas novas variantes.

Coordenador da Vigilância Genômica do Cevs, Richard Salvato afirma que esse aumento chama atenção por conta da entrada da nova subvariante. “Já conseguimos observar que, ao entrar em outros países, essa nova variante apresentou também um aumento expressivo de casos. Então essa é a nossa preocupação nesse momento, acompanhar essa possível subida de novos casos e uma possível nova onda da doença”, alerta.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), mais de três milhões de gaúchos estão com a primeira dose de reforço atrasada. Isso é um fato em todo o país. Ao menos 80% da população brasileira estão com a vacinação completa, ou seja, recebeu duas doses das vacinas. No momento, duas novas doses de reforço já estão disponibilizadas, porém, boa parte da população não voltou aos postos de saúde para reforçar a proteção contra a doença.

A situação da COVID-19 em Bento Gonçalves segue ‘tranquila’. De acordo com a secretária de Saúde, Tatiane Fiorio Misturini, a cidade passa por um momento em que não há registros graves da doença. “Não temos hoje nenhum paciente internado, que seja positivo ou associado à COVID-19. Estamos acompanhando a nova variante, mas não identificamos aumento no número de casos na cidade”, afirma.

Com a aproximação das festas de fim de ano (Natal e Ano Novo) e a grande chance da reunião de grandes públicos, especialistas da OMS destacam que o retorno do uso de máscaras, principalmente em locais fechados, como, por exemplo, no transporte público, . Segundo Tatiane, o retorno do uso obrigatório das máscaras não é uma realidade próxima da cidade. “Não observamos mudança no cenário em Bento Gonçalves, estamos monitorando. Temos alguns casos registrados, mas situações pontuais e casos leves. Vamos continuar analisando o cenário e, conforme as orientações federais e estaduais, vamos debater a necessidade”, pontuou a secretária.

Sobre a vacinação na cidade, Tatiane salienta que Bento fez seu trabalho em vacinar grande parte da população nas campanhas iniciais. “Temos uma boa base de cobertura da primeira e segunda dose. Sobre o reforço, estamos acompanhando ao longo dos meses uma baixa procura para realização da dose, cenário que percebemos em todo país.” Ainda segundo a secretária, o município disponibiliza, diariamente, todas as doses nas unidades de saúde nos bairros. “Estamos com diversas unidades vacinadoras que continuam com todas as doses à disposição da população. Inclusive com a quarta dose para pessoas acima de 40 anos. E sempre que temos ações da prefeitura em horário diferenciado buscamos levar a vacinação também”, reforça Tatiane. Desde o início da pandemia, em março de 2020, Bento Gonçalves registrou 485 óbitos em decorrência da doença e suas complicações. O último óbito foi registrado em outubro de 2022.

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