Novembro Roxo: prematuridade de bebês é alvo de campanha global
Os casos afetam seis bebês a cada 10 minutos no Brasil
O mês de novembro também é reservado para alertar a população sobre o nascimento prematuro de crianças. O “Novembro Roxo” busca a prevenção destes casos, que afetam seis bebês a cada 10 minutos no país. São considerados prematuros os bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação – o comum é entre 38 e 42 semanas.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano. Ou seja, mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus, por exemplo.
Para conscientizar e promover a prevenção da prematuridade, a campanha “Novembro Roxo”, mês que também marca o Dia Mundial da Prematuridade (nesta sexta, 17/11), ganha destaque com a missão de educar, informar e inspirar ações que reduzam essa problemática de saúde pública.
Neste ano, o tema global da campanha é “Pequenas ações, GRANDE IMPACTO: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares”, que enfatiza os benefícios desse contato precoce entre o recém-nascido, principalmente prematuros extremos, e seus pais, ainda no ambiente hospitalar.
De acordo com Erika Yashiro, neonatologista, a prematuridade ocorre por uma série de fatores, incluindo o estilo de vida da mãe, condições de saúde, estresse e acesso à assistência médica adequada. Embora alguns casos de nascimento prematuro sejam inevitáveis, muitos podem ser prevenidos.
“A prevenção da prematuridade começa com cuidados pré-natais de qualidade. É essencial realizar todas as consultas e exames previstos para este período, tomar as vacinas necessárias e adotar hábitos de vida mais saudáveis”, orienta a especialista.
Outro aspecto importante da prevenção da prematuridade é a conscientização sobre as complicações médicas que podem levar a partos prematuros. “Doenças crônicas como diabetes e hipertensão podem aumentar o risco, assim como infecções durante a gravidez. Identificar esses fatores precocemente e receber o tratamento adequado é crucial”, alerta a profissional.