Ele conseguiu um feito repetido por poucas pessoas em todo o mundo. Aos 47 anos, o astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a participar de uma viagem espacial, ainda demonstra nos olhos a emoção ao rever as imagens do desafio que encarou em 2006, a bordo de uma nave russa. Cinco anos se passaram e enquanto permanece aguardando um novo chamado, ele busca transformar sua experiência em conhecimento para novos alunos e está lançando um livro em que conta histórias do antes, durante e depois do marco histórico para a engenharia aeroespacial brasileira.
Pontes esteve na CIC, em Caxias do Sul, para palestrar sobre a importância do planejamento na superação de crises, e realizou um paralelo entre situações no espaço e dentro das empresas. Porém, eram nos breves momentos em que relembrava a viagem espacial que o público detinha maior atenção.
Natural de Bauru, interior de São Paulo, Marcos Pontes sempre teve o sonho de voar. Por isso, estudou engenharia aeronáutica. O desejo de chegar ao espaço só começou a se concretizar em 1997. Depois de viajar para os Estados Unidos e ser selecionado pela Agência Espacial Brasileira ele trocou a função militar pela civil, e em dezembro de 2000, recebeu o título de astronauta na NASA. Pontes tornava-se assim, oficialmente, o primeiro astronauta profissional brasileiro.
O grande momento só viria seis anos depois, no dia 29 de Março de 2006. Depois de muita preparação e treinamento, exatamente às 23h30min, horário de Brasília, o astronauta partiu para a missão e colocou pela primeira vez a bandeira brasileira no espaço. “É uma sensação maravilhosa você poder olhar para a Terra. Não tem como não sentir uma emoção diferente ao olhar para o planeta e ver o que realmente a gente é nesta vida. O fato estranho quando você chega lá e tem todo aquele universo para olhar é que você vai encontrar as respostas dentro de você mesmo. Com tanto barulho e tanta coisa acontecendo nós não consegue ter esse tempo aqui”, diz Pontes.
A matéria completa você confere na edição desta sexta-feira do SerraNossa.
Maurício Reolon
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