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O caminho do móvel

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A maioria das fábricas de móveis em série instaladas no município não se sustenta apenas pela venda de produtos ao mercado interno. A exportação já é realidade há muitos anos. Atualmente, por exemplo, estas empresas utilizam como principais vias de escoamento os portos de Rio Grande e Itajaí, em Santa Catarina, além do sistema de transporte rodoviário do Mercosul, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), Glademir Ferrari.

O porto de Rio Grande é a alternativa mais próxima, segundo ele, mas que apresenta uma dificuldade que se tornou comum entre as reclamações dos moveleiros: o custo de pedágios encarece muito o transporte. Mesmo assim, o porto de Itajaí é a segunda opção dos exportadores.

Segundo Luis Alfredo Aires Spencer, administrador de empresas e pós-graduado em marketing e logística, a retomada dos embarques em grandes volumes de carga no porto de Santos (SP) dará início a demoras operacionais e ao atraso das embarcações em todo o percurso do navio na costa da América do Sul, entre Brasil, Uruguai e Argentina. A previsão é de aumento de mercadoria e cargas, sem ampliação ou melhorias em berços de atracação antes de 2012/2013. Os projetos portuários novos na costa brasileira, em Imbituba e Itapoá, ambos em Santa Catarina, deverão participar de forma positiva no modal marítimo.

As consequências para o mercado gaúcho a partir do final de março de 2011, são, na avaliação de Spencer, os cancelamentos de navios no principal porto gaúcho, atrasando a entrega dos produtos importados e não permitindo a saída da exportação no período programado. “Vale lembrar que, em 2010, quando navios cancelavam e desembarcavam containers em Buenos Aires e Montevidéu, houve empresas da Serra com atraso de 30 dias no recebimento de importações”, afirma. “O modal rodoviário, ao final de 2010, já sentia a falta de caminhões para a movimentação de cargas, bem como a falta de profissionais (motoristas) para conduzir o equipamento nos percursos e atender à demanda aquecida, entre empresas, terminais, portos e nas linhas do Mercosul”, relaciona.

No entanto, as empresas exportadoras, de maneira geral, tem como grande facilidade no que diz respeito ao escoamento de seus produtos para o mercado externo o oferecimento de novos serviços, pelo porto de Imbituba, de acordo com Ferrari. “O porto de Imbituba teve todo o seu terminal de containeres reformado e, nos próximos anos, se tornará uma realidade para as empresas da Serra”, reforça Ferrari.

Leia a matéria completa na edição impressa desta sexta-feira.

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