O câncer de mama e a psicologia

Na última terça-feira, dia 8 de março, foi lembrado o Dia Internacional da Mulher. Desde 1975, quando a data começou a ser celebrada, muitas foram as conquistas sociais, políticas e econômicas e, sem dúvida, os cuidados com a saúde foram determinantes. Cada vez mais, a maioria das mulheres está preocupada com sua saúde e qualidade de vida. E o câncer de mama deve ser um dos pontos centrais da preocupação delas, já que é uma doença grave que, se descoberta tardiamente, pode levar à morte. O SERRANOSSA entrevistou a psicóloga Débora Simionato Fin sobre o efeito psicológico de vítimas da doença. Confira.

SERRANOSSA – Quais são as maiores preocupações das mulheres em relação ao câncer de mama?
Débora Simionato Fin –
A incidência do câncer de mama vem aumentando e aparecendo cada vez mais cedo na vida da mulher, sendo a segunda neoplasia mais frequente. Pesquisas apontam que uma das preocupações das mulheres e dos familiares, após receberem o diagnóstico do câncer de mama, é a sobrevivência, seguida da mutilação, desfiguração e também as condições econômicas para a condução do tratamento.

SN – De que forma o câncer de mama afeta o psicológico das mulheres?
Débora –
Pela alta frequência, o câncer de mama é o mais temido pelas mulheres, uma vez que afeta a percepção da sexualidade e da própria imagem corporal, gerando alterações na autoimagem da mulher, causando sentimento de inferioridade e medo da rejeição. Outro fato significante é que o humor deprimido pode desencadear uma depressão. Além disso, quando é feita a remoção do seio, este fato repercute na vida sexual da paciente, uma vez que elas passam a se sentir envergonhadas, mutiladas e sexualmente repulsivas.  

SN – De que forma a consulta psicológica pode auxiliar no tratamento?
Débora – O atendimento psicológico é fundamental para a paciente obter melhoras e aderir melhor ao tratamento da doença. Quando essas demandas surgem no consultório, é necessário que o profissional da psicologia tenha em vista o bem-estar psicológico das pacientes e esteja preparado para intervenções, tais como acolher a paciente com apoio psicológico, elaborar intervenção psicossocial, com ênfase na aquisição de habilidades de enfrentamento específico para cada contexto do tratamento e, principalmente, resgatar a autoestima dela. Por isso aconselho: faça terapia, pois é o melhor caminho.


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