O combate à violência em duas frentes

No final do mês de novembro, a secretaria municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana entregou dois projetos à secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. As propostas visam melhorar o enfrentamento da violência em Bento Gonçalves por meio de duas frentes de atuação: a primeira busca minimizar e prevenir a violência doméstica. A segunda prevê ações de integração de órgãos de segurança. Juntas, as duas preveem a captação de mais de R$ 1 milhão junto ao governo federal.

De acordo com o secretário Mauro Moro, o primeiro projeto surgiu a partir da preocupação da administração municipal, juntamente com a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Bento Gonçalves, quanto aos índices de violência doméstica. A proposta foi apresentada à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, solicitando recursos para as ações. “O projeto visa minimizar e prevenir a violência doméstica, através da mudança de comportamento e de cultura. Uma forma de conscientizar a sociedade, como um todo, que inevitavelmente terá repercussão nas gerações futuras”, explica Moro. 

A execução prevê uma rede de parceiros, da qual participarão também a Coordenadoria dos Direitos da Mulher, o Centro de Referência de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência (Revivi, e está dividida em duas metas. A primeira é aproximar o serviço da comunidade através de uma unidade Móvel adaptada para atendimento psicossocial às mulheres vítimas de violência no interior e também nos bairros com maior vulnerabilidade. A segunda é a substituição de 425 placas indicativas de ruas na área central e em vias de maior movimentação da cidade, contendo slogan da campanha com a finalidade de conscientização sobre o problema.

No total, a iniciativa está orçada em R$ 457.375. O governo federal repassará R$ 439.080, enquanto o município aplicará, em contrapartida, R$ 18.295. “O projeto está cadastrado e aprovado no Sistema de Convênios (Siconv). Temos, agora, 12 meses a partir da assinatura da liberação para começar a execução das ações. O município já está encaminhando os procedimentos necessários para que sejam realizados os trâmites financeiros e burocráticos”, esclarece Moro. A expectativa é que a iniciativa seja colocada em prática ainda em 2015.

Cultura de paz

A outra proposta, ainda não cadastrada no Siconv, foca na mudança de comportamento nos bairros, a partir da conscientização da sociedade, com participação da justiça restaurativa na busca da cultura de paz. “Realizaremos ações de prevenção à violência, através da integração dos órgãos que atuam diretamente na segurança pública do município, com acompanhamento tecnológico e científico”, completa o secretário. 

Neste caso, também serão duas frentes de trabalho. A primeira meta é aumentar a sensação de segurança da comunidade, através da presença das câmeras de videomonitoramento em pontos turísticos e locais de grande concentração de público. O custo para a execução seria de aproximadamente R$ 400 mil.

A segunda etapa prevê a criação do Centro Integrado de Segurança Pública Móvel, que circularia nos bairros e distritos. O investimento seria em torno de R$ 200 mil. A contrapartida do município ainda não foi estipulada. Ainda não há estimativa para o recebimento de verbas federais, portanto, a probabilidade maior é que a proposta seja colocada em vigor somente em 2016.

Reportagem: Jonathan Zanotto


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