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O doce não é o único vilão

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Você busca uma reeducação alimentar voltada a reduzir a taxa de açúcar no organismo. Abre mão de biscoitos recheados e doces e passar a dar preferência a outros alimentos. Cuidado: não são só os doces que podem elevar as taxas de glicose no organismo. Muitos produtos que parecem inofensivos podem causar um estrago até mesmo maior do que as chamadas guloseimas.

A nutricionista Fernanda Allgayer Maciel, de Caxias do Sul, destaca que é preciso tomar cuidado com alimentos que tenham índice glicêmico (IG) ou carga glicêmica (CG) elevados. Ela esclarece que, por definição, o IG compara quantidades iguais de carboidrato e fornece uma medida da qualidade do mesmo, mas não da quantidade. O conceito de CG envolve tanto a quantidade quanto a qualidade do carboidrato consumido. Entre os alimentos de elevado IG estão a batata inglesa, o pão branco e os refrigerantes. No grupo das comidas com o índice baixo pode-se citar soja, maçã e leite. “Alimentos com elevado IG são fonte de energia imediata e por pouco tempo, enquanto que os de baixo IG são fonte de energia gradual e por longo tempo”, destaca.

Para quem precisa de um cuidado rigoroso com a glicose, Fernanda indica a substituição de alimentos com alto índice glicêmico, por outros com médio e baixo.  “É importante evitar ou consumir em pequenas quantidades aqueles alimentos com elevado teor de carboidratos, como pães e arroz, não precisando preocupar-se com aqueles com carboidrato reduzido, como a cenoura, por exemplo, apesar do IG alto que ela tem”, recomenda. Além disso, a nutricionista aconselha que escolher mais frutas e vegetais, consumir alimentos integrais e menos processados, e incluir feijões, lentilhas e outras leguminosas nas refeições diárias são maneiras de reduzir o IG da dieta.

No organismo, segundo Fernanda, os alimentos com elevado índice e carga glicêmica, ao serem absorvidos, causam um excesso de glicose na circulação, estimulando o aumento da produção de insulina pelo pâncreas (a insulina tem a função de colocar a glicose para dentro da célula, para que ela sirva como fonte de energia). “Quando o consumo desses alimentos é frequente, o pâncreas pode ficar sobrecarregado, predispondo à falha da secreção. Outra consequência é a resistência à insulina por parte das células, rejeitando a entrada de glicose para dentro delas”, explica. Ela alerta que essas alterações favorecem, principalmente, ao desenvolvimento do diabetes tipo 2 (Mellitus).

Doce na hora certa

Fernanda comenta que quando se ingere um alimento de alto índice glicêmico juntamente com outros alimentos de baixo índice, esses últimos podem deixar lenta a absorção dos primeiros, influenciando na resposta glicêmica e no índice dos alimentos. “Dessa maneira, é preferível comer um doce após um almoço equilibrado, com fontes de saladas, feijões e proteína, do que no meio da tarde, ingerindo-se apenas o doce, e aumentando mais a resposta glicêmica”, ressalta.

Fique atento

* Alimentos com alto IG (maior que 85): Pão branco, pão integral, bolacha cream cracker, pão de cevada, pão de centeio, bolo, cereal matinal, batata assada, batata frita, fubá de milho, mandioca, glicose, mel, sacarose.

Alimentos com médio IG (de 60 a 85): Banana, arroz branco, laranja, manga, macarrão, feijão cozido, batata-doce, chocolate, pipoca.

Alimentos com baixo IG (menor que 60): Soja, maçã, pera, damasco seco, ameixa, leite, iogurte.

Francine do Nascimento Ghiggi

 

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