“O foco está na busca pelos nossos servidores, verdadeiros heróis”, afirma Leite 

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul segue nas buscas pelos dois servidores desaparecidos durante o combate ao incêndio no prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do RS, em Porto Alegre. Tratam-se do tenente Deroci de Almeida da Costa e do sargento Lúcio Ubirajara Munhoz, que estava de folga e apareceu no local de forma voluntária para auxiliar no combate. “O foco está na busca dos nossos servidores, verdadeiros heróis", disse o governador Eduardo Leite durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 15/07. 


Coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 15/07. Imagem: Reprodução/Youtube
 

O comandante-geral do CBMRS, coronel César Eduardo Bonfanti, relatou que o Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 21h30 para combater o incêndio. Chegando ao local, os bombeiros se depararam com o incêndio já em grandes proporções no quarto pavimento do prédio. “Iniciamos com a evacuação das pessoas [cerca de 45 servidores estavam no prédio no momento do sinistro] e já de imediato o combate ao incêndio. Mas tivemos dificuldades por se tratar de chamas de grandes proporções e de um prédio elevado”, destacou durante a coletiva.  Conforme o comandante-geral, aproximadamente 70 profissionais auxiliaram no combate às chamas. 

No momento, o CBMRS está com quatro equipes treinadas e capacitadas para a busca e salvamento, a fim de localizar os servidores. “Em seguida entraremos com equipes com cães, também especializados em buscas”, adiantou. 

O governador Eduardo Leite revelou que ainda não há indícios de um incêndio criminoso, mas que já está sendo realizada uma investigação para apurar as causas. Leite também destacou que o governo está trabalhando para garantir a continuidade da prestação do serviço de segurança pública no estado. “Tanto nosso 190, quanto nosso monitoramento de câmeras e tornozeleiras  eletrônicas, já foram reestabelecidos”, afirmou. “A segurança pública continua firme e operante”, complementou. No prédio da SSP funcionavam também repartições do Detran, Instituto Geral de Perícias (IGP), Susepe e Seapen, além da central telefônica da Brigada Militar e Polícia Civil. 

Leite ainda alegou que o prédio possuía um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) em vigor, mas que a medida não significa “não haver incêndios”. “Estávamos, inclusive, em processo de expansão do sistema hidráulico e de todas instalações necessárias para proteção das pessoas e do próprio prédio”, afirmou.