O lado de Pasin na disputa pela presidência do Brasil e pelo governo do RS

O ex-prefeito de Bento e agora eleito deputado estadual mostra que tem lado bem definido em ambas as disputas

Foto Acervo SERRANOSSA/dezembro 2020

Antes mesmo do primeiro turno das Eleições 2022, realizado em 02 de outubro, e de se eleger deputado estadual por Bento Gonçalves com mais de 57 mil votos, o ex-prefeito de Bento Guilherme Pasin já tinha seu lado definido. Para governador, Pasin apoiava o senador Luiz Carlos Heinze, do PP, mesmo partido que ele, e para presidente apoiava a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

O SERRANOSSA conversou com o agora deputado estadual eleito sobre o segundo turno, tanto na eleição presidencial quanto na estadual. Em relação ao apoio ao presidente e a identificação com as pautas que ele defende, Pasin afirma que o PP tem uma visão de mundo clara e que é impressa em cada trabalho de cada filiado – o que casa com as ideias e governança de Bolsonaro. “O alinhamento com o presidente Bolsonaro é claro e evidente, pois defendemos a moralidade na administração pública, o respeito a todos que produzem no meio urbano e rural, a fé e o trabalho, os valores familiares e o desenvolvimento de nossa sociedade com base em um estado menor e mais enxuto, além de uma economia liberal que busca emancipar os mais necessitados a partir da geração de emprego e transferência de renda. O governo do presidente Bolsonaro representou isso e esse trabalho precisa e merece continuar”, afirma.

Na disputa pelo governo estadual, que terá os candidatos Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) no segundo turno, Pasin também já tomou um lado. No dia 05 de outubro, o PP declarou apoio a Lorenzoni, que fez mais de 2,3 milhões de votos no primeiro turno, ficando em primeiro lugar. “Apoiamos o senador Luis Carlos Heinze no primeiro turno por nele enxergar quem mais conhecia as necessidades de nosso município e de nossa região. Não tivemos êxito eleitoral, mas não deixamos de apresentar nossa marca de trabalho e nossas soluções para os problemas de nosso Estado. Agora estamos em um novo momento, em um segundo turno em que duas propostas são apresentadas ao eleitor. Os Progressistas de Bento Gonçalves e eu temos o dever de manifestar nosso encaminhamento e apoio sobre o que acreditamos ser o melhor caminho para o Estado e, para nós, o melhor caminho é o ex-ministro Onyx Lorenzoni”, pontua.

Para Pasin, Onyx entende as demandas não só de Bento e da Serra, mas do Estado como um todo. Ele afirmou ter conversado pessoalmente com o candidato para apresentar as pautas locais e regionais. “O mesmo não apenas abraçou nossas bandeiras, mas também se mostrou conhecedor de nossos problemas e parceiro na busca das soluções.” Ainda segundo Pasin, é necessário um alinhamento entre governo estadual e federal para que boas iniciativas sejam realizadas. “Não dá para imaginar nosso Estado precisando se desenvolver em ritmo acelerado e divergências políticas entre as instituições serem um entrave para nossos objetivos. Temos que alinhar para avançar”, defendeu.

Sobre o candidato Eduardo Leite, que foi governador entre 2019 e março de 2022, renunciando ao governo para concorrer às prévias do PSDB à Presidência, Pasin avalia que houve erros e acertos, mas a priorização de um plano pessoal de Leite ao Estado do Rio Grande do Sul deixou um ressentimento. “O governador Leite fez as suas [escolhas], acertou e errou como qualquer Governo, mas optou por priorizar seu projeto de concorrer à Presidência da República ao invés de cumprir com seu mandato de Governador de um Estado que possui um gigantesco represamento de pautas. Fez sua escolha, o que é legítimo de sua parte, mas junto com erros políticos, a renúncia para mim tem um significado forte”, afirmou Pasin, reforçando que é momento de deixar de disputar forças para focar no bem do Rio Grande.

Vale lembrar que o PP participou do governo Eduardo Leite, inclusive com secretarias, como Covatti Filho (PP), eleito deputado federal em 2022 e que atuou como secretário de Agricultura de Leite. Pasin também comentou sobre seu partido ter raízes no governo do tucano. “O Progressistas Gaúcho fez parte do atual governo, assim como do governo anterior, oferecendo seus quadros partidários com a responsabilidade de poder contribuir para o melhor de nosso Estado, e assim fizemos. Agora, diante dos candidatos que se apresentam para o pleito do segundo turno, das circunstâncias de alinhamento com o presidente Bolsonaro, compreendemos ser melhor para o Rio Grande a proposta do ex-Ministro Onyx Lorenzoni”, concluiu.