O Medo do Desconhecido

Mais uma vez me pego escrevendo sobre o período em que vivemos. E mais uma vez me pego com cláusulas em branco; livros abertos; histórias sem final; pessoas sem respostas, ou seja, um período de incertezas, um futuro desconhecido. 

Ainda assim, me recuso a ser pessimista, incrédulo, desesperançoso. Vou além: sou até tendencioso a tentar convencer as pessoas de que tudo ficará bem; de que tudo ficará melhor… Porque eu particularmente tenho a certeza de que ficará! 

São incontáveis os trabalhos existentes nos mais diversos meios, acadêmicos ou não, que tratam do medo do desconhecido. Basta dar um Google com a expressão de pesquisa “medo do desconhecido” que imediatamente aparecem centenas de páginas tratando do assunto. Muitas delas resumem-se a explicar o que é o medo do desconhecido. Outras explicam por que temos medo do desconhecido, qual seria a sua origem ou o que se pode fazer em relação a ele. Muitas delas, mais aprofundadas, se propõem a ajudar aqueles que querem perder esse medo do desconhecido.

Não vou, aqui, explicar o que é o medo. Muito menos, toarei o tempo de vocês dissertando sobre o que é o desconhecido. Minhas revelações vão para além disso, ou seja, minha exposição vai no sentido do que eu, pretensiosamente, pretendo de vocês agora, por conta desse medo do desconhecido. 

Ora, inegavelmente, na história, em muitos episódios, a população foi tomada pelo medo. Nas revoluções, por certo, houve medo. Nas duas grandes guerras, houve medo. Na peste negra, houve medo. No surto de tuberculose, houve medo. No sarampo, houve medo. Etc. Etc. Etc. Reza a história que o medo foi o condutor dos dois principais assassinatos de presidentes americanos ao longo de sua história, aos quais, inclusive, os mesmos historiadores relatam e fazem questão de pormenorizar detalhes e coincidências sobre as suas mortes, dia, horário, nomes de pessoas próximas, sucessores, esposas, etc. Sugiro, como informação sobre o assunto, visitar o site https://br.blastingnews.com/curiosidades/2018/09/10-coincidencias-entre-os-presidentes-lincoln-e-kennedy-002709463.html. Ou seja, o medo da mudança, pelas ideias diferentes e revolucionárias apresentadas em mandato, teria sido o causador dos assassinatos dos presidentes americanos Lincoln e Kennedy.

Natural, então, que todos nós, hoje, estejamos apreensivos com o futuro da nossa nação, do nosso município, das nossas empresas, dos nossos idosos, dos nossos filhos, com o nosso futuro. É da natureza humana essa preocupação. É da natureza humana sentir medo!

E qual a diferença? A diferença é o que fazemos com ele. 

Em certa ocasião, uma pessoa, que não lembro quem, não consigo, mesmo puxando a memória, me disse que, quando tem uma tarefa difícil a ser realizada, ela pede para o mais preguiçoso da equipe para fazer. E por quê? Porque o preguiçoso encontrará, sempre, a maneira mais fácil de fazer algo, a maneira que lhe seja mais rápida, para ele ficar mais tempo sem fazer nada.

Sejamos, todos, nesse momento, como os preguiçosos, mas, em hipótese alguma, sejamos preguiçosos. Vamos colocar o nosso medo do desconhecido futuro vindouro após essa situação nova, esse desconhecido período de pandemia, para trabalhar para nós, para que possamos, todos, encontrar um denominador comum, um ponto de equilíbrio, um resultado positivo disso tudo. Afinal, se o medo é a mola propulsora, a vontade de mudança, e para melhor, deve ser o nosso combustível.

Até a próxima!

 

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