O milagre da vida, por Antonio Carlos Koff


A vida na Terra nunca poderia ter sido possível se não fosse uma série muito grande e incrível de felizes coincidências.

Para começar, graças aos avanços na astronomia e na física, temos compreendido cada vez mais as vantagens de nossa localização especial no universo, as vantagens do lugar onde estamos.

É que o nosso sistema solar está localizado na região ideal da nossa galáxia, que é chamada de Via Láctea, não muito perto do centro, nem muito longe dele. Essa “zona habitável” contém concentrações rigorosamente certas dos elementos químicos necessários para sustentar a vida. Mais afastado do centro esses elementos são escassos e insuficientes, e mais perto o ambiente é muito perigoso devido à grande concentração de radiação letal, e também do risco de sermos devorados pelo buraco negro que se encontra no centro da galáxia e que suga tudo o que está ao seu redor.

Da mesma forma, a órbita da Terra ao redor do sol, distando dele cerca 150 milhões de quilômetros, fica numa limitada zona habitável, porque ali as condições não são nem frias, nem quentes demais. Coincidência segundo uns, providência segundo outros.


 

Enquanto isso, o sol é a perfeita “usina de energia”. É estável, do tamanho ideal, e emite a quantidade exata de energia.

Além do mais, se fôssemos escolher um “vizinho” para a Terra, não haveria opção melhor do que a Lua. Seu diâmetro mede um pouco mais de um quarto do diâmetro da Terra. Assim, comparando com outras luas do sistema solar, a nossa Lua é excepcionalmente grande em relação ao planeta que ela orbita.

A Lua é a principal responsável pelas marés e também contribui para a estabilidade do eixo de rotação do planeta, porque, se a Terra atrai a Lua, esta também exerce atração sobre a Terra. Sem a Lua, feita sob medida, nosso planeta seria como um pião em baixa velocidade que acabaria tombando e girando de lado. O clima, as marés e outras condições seriam catastróficas, incompatíveis com a vida. Coincidência segundo uns, providência segundo outros.

Outra coincidência é a inclinação e rotação perfeitas da Terra. Graças à inclinação da Terra de 23,4 graus, temos o ciclo das estações do ano, temperaturas equilibradas e grande variedade de zonas climáticas. A inclinação do eixo de nosso planeta é perfeita.

Também “perfeita” é a duração do dia e da noite, resultante da rotação da Terra. Se a velocidade de rotação fosse mais lenta, os dias seriam mais longos e o lado da Terra voltado para o Sol ficaria superaquecido (torrado), ao passo que o outro lado ficaria congelado. E, se a rotação da Terra fosse mais rápida, os dias seriam mais curtos, talvez de apenas algumas horas de duração, e essa rotação veloz causaria implacáveis ventanias, tufões, tormentas e outros efeitos nocivos, tornando impossível a vida.

Outro fator que permitiu a vida são os escudos protetores da Terra, que é protegida por uma blindagem incrível constituída de um poderoso campo magnético e de uma atmosfera feita sob medida. Coincidência segundo uns, providência segundo outros.

O centro da Terra é uma bola giratória de ferro fundido, que produz no nosso planeta um enorme e poderoso campo magnético que se estende espaço afora. Esse escudo nos protege da intensidade total da radiação cósmica e de mortíferas forças vindas do sol, como o vento solar, que é uma corrente de partículas energéticas de alta potência.  É esse campo magnético que faz funcionar as bússolas que nos permitem viajar para longe.

A atmosfera da Terra, além de nos manter respirando, fornece uma proteção adicional. Uma de suas camadas mais altas, a estratosfera contém ozônio, que absorve até 99% da radiação ultravioleta que seria fatal para os seres vivos. A atmosfera também nos protege contra um bombardeio diário de detritos provindos do espaço, queimando-os e transformando-os em rastros de luz chamados meteoros.

O mesmo se pode dizer dos ciclos que sustentam a vida neste planeta. Um deles é o ciclo da água. O sol produz a evaporação, que, através da condensação, forma nuvens que provocam a chuva. Não basta um planeta ter água para que ele tenha vida; é preciso que ela circule, que tenha um ciclo, que esteja em movimento. Outro ciclo é o do Carbono e Oxigênio. Os seres vivos consomem oxigênio e exalam gás carbônico. O oxigênio acabaria se não houvesse a “fotossíntese”, através da qual, pela luz do sol, os vegetais transformam o gás carbônico em carbo-hidratos e oxigênio que é devolvido para a atmosfera. Outro ciclo da vida é o do Nitrogênio. Os raios convertem o nitrogênio do ar em compostos, as plantas incorporam esses compostos em suas moléculas e quando morrem esses compostos nitrogenados se decompõem devolvendo o nitrogênio. E, assim, existem centenas de outras coincidências que aqui nem se pode enumerar.

Como se vê tudo parece ter sido preparado para que a vida se desenvolvesse. Coincidência segundo uns, providência segundo outros.

Conforme cálculos bem elaborados pelos astrônomos, o universo teve origem há 13,7 bilhões de anos. No início de seu aparecimento, na chamada ERA DO INFERNO, a Terra era uma bola de fogo e sujeita a série de impactos.

Na era seguinte, a ERA HADEANA, havia constantes colisões de cometas e meteoros, e bombardeio constante.

A vida na Terra teria começado há 8 bilhões de anos, mas há 4,5 bilhões de anos a Terra ainda era um inferno borbulhante. Como poderia ter surgido a vida nesse inferno borbulhante? Como foi possível?

Quase todos os vestígios do início da Terra estão sepultados no fundo do oceano.

No começo do ano de 2012, foram realizadas experiências colocando-se em contato frascos de vidro com oceano evaporado, simulando atmosfera, com frascos emitindo descarga elétrica, simulando relâmpagos. Inspirando-se no gênesis que diz que Deus criou o mundo em 7 dias, os cientistas foram observar os frascos depois de 7 dias e constataram que havia uma solução turva e tóxica, contendo cianeto de hidrogênio, que é componente de aminoácidos, que, por sua vez, são os precursores das proteínas. Daí a importância das descargas elétricas, dos raios e relâmpagos. Hoje sabemos que, se não houvesse relâmpagos, não haveria vida na Terra.

Aminoácidos como a Glicina e a Prolina foram também encontrados no material dos cometas.

Todas as formas de vida conhecidas até hoje – plantas, animais e micro-organismos – dependem de seis elementos químicos para construir as moléculas que compõem seus corpos: oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, carbono, fósforo e enxofre. 

No início de 2012, a Nasa encontrou arsênio em organismos de um lago da Califórnia em lugar do fósforo que existe em todos os organismos vivos. O arsênio é um veneno mortal para os seres vivos. É a primeira vez que se faz uma constatação dessa natureza e que derruba uma importante teoria.

Nos mares do sul da China existem algas que se alimentam diretamente da luz solar, transmitindo-nos a impressão de que a vida quando quer se manifestar encontra uma maneira. Da mesma forma, sabe-se que existem também micróbios que se alimentam de gás carbônico, luz solar e enxofre. 

No entanto, a ciência não desvendou o mistério da vida. Não sabe como se formou a vida a partir da matéria inanimada e está longe de fazê-lo. Não sabemos o que é a vida e esse elo entre a matéria e a vida não está desvendado. Mal conhecemos alguns fatos que não conseguimos interpretar, como por exemplo: toda célula, seja animal ou vegetal, quando ela morre desprende calor, que é chamado de “calor mortal de Lepeschkin”, e sem que se saiba por quê. 

A mente inquisitiva de alguns cientistas indaga: “Se a vida se formou há bilhões de anos, por que não pode estar ainda se formando?”. Essa é uma pergunta inteligente, mas não há nenhuma prova de que isso esteja acontecendo. Pelo contrário, pesquisas arqueológicas indicam que a vida se formou em toda a parte ao mesmo tempo, como se tivesse havido o MOMENTO DA CRIAÇÃO. O que há hoje em dia é a evolução das espécies, mas não a criação de vida a partir da matéria, existindo até um aforismo em latim que diz “OMNE VIVUM E VIVO”, o que quer dizer “todo o vivo do vivo”, ou seja todo o vivo provém do vivo. Podemos cruzar espécies e até criar novas, mas só a partir das que já existem, nunca diretamente a partir da matéria como aconteceu na CRIAÇÃO DA VIDA. E as religiões então ficam radiantes ao saberem desse fato.

Mas o que é necessário para haver vida? Luz? Existem organismos e peixes nas maiores profundezas do oceano, a 5 ou 6 mil metros de profundidade, onde não há luz e reina escuridão total. Esses peixes nem tem olhos e se orientam por outros meios. Vejam como a natureza se comporta, não dá olhos onde não tem luz. Indubitavelmente há uma inteligência em tudo isso. O que então é necessário para a vida? Oxigênio? Esses mesmos peixes que vivem naquelas profundidades não têm oxigênio para respirar porque lá não existe; eles fazem a oxidação com o enxofre que lá borbulha provindo do centro da Terra, em lugar do oxigênio. Ademais sabemos que existem micróbios ou bactérias chamados “aeróbios” que necessitam de oxigênio para respirar, e que existem outros, os “anaeróbios” que não precisam de oxigênio.

Então a vida se manifesta quando ela quer!

Que mais é necessário para haver vida? Água? Sim. Os astrônomos estão procurando sinais de água em outros planetas afirmando que onde há água pode existir vida. Todo o mundo diz que sem água não há vida, mas ninguém explica por quê. É porque vida é movimento e sem um meio líquido as moléculas não podem se movimentar. Mas será mesmo que onde não há água não há vida, ou a vida não pode se manifestar? É DIFERENTE. Note que estamos entrando em profundas concepções filosóficas A mente brilha em cada partícula, em cada molécula, em cada átomo. Este é um universo mental. A inteligência está em toda a parte, e com o tempo viríamos a compreender que se encontra no próprio espaço. Ademais aqueles que chamaram este universo de COSMOS ou CÓSMICO, estão implicitamente admitindo que há uma ordem no universo, porque COSMOS é uma palavra grega que significa ORDEM, ao contrário de CAOS, que também é uma palavra grega, que significa DESORDEM.

O homem não sabe o que é a vida, não sabe como surgiu, não conseguiu até hoje criar a vida e provavelmente nunca conseguirá.

Vamos encerrar com uma MENSAGEM:

“Nós somos formados de restos de estrelas e estamos vivendo um momento mágico. A humanidade vive um momento mágico. Uma coisa impossível aconteceu: a vida na Terra. As possibilidades de vida no universo são infinitamente pequenas. Na escuridão do espaço e com temperaturas próximas de 230 graus abaixo de zero, o quadro é assustador, numa impossibilidade total de vida.

Graças ao sol e a um grande número de fatores e de coincidências incríveis, a vida se tornou possível na Terra. MAS NÃO SERÁ SEMPRE ASSIM. Dentro de quatro bilhões e meio de anos, o sol se extinguirá, porém muito antes disso a humanidade terá desaparecido.

O tempo que a humanidade permanecerá na Terra é muito pequeno em comparação com a idade da Terra.

O universo teve princípio e terá fim, mas o Tudo não teve princípio e não terá fim.

O dia de hoje é único e não voltará. O passado não retorna jamais e tudo está condenado ao desaparecimento e ao esquecimento.

Devemos agradecer a essa oportunidade única, a esse milagre da vida que nos foi concedido, porque a gratidão sempre abre a porta para as bênçãos maiores.

Precisamos também ter sempre em mente a grande lei universal que é DAR AMOR. Quando você dá amor, você não é mais você, mas é Deus que através de você realiza Suas obras. Lembre-se que ninguém atinge o paraíso sem sofrer no meio do caminho e que sem esforço valemos pouco mais do que nada. As vicissitudes fazem parte da caminhada, porém o mundo dá muitas voltas, e aquilo que hoje lhe parece impossível amanhã poderá estar a seus pés.

A obra de Deus é perfeita, mas não está terminada e Ele quer o auxílio de cada um para ir completando.

AMAR, ORAR e TRABALHAR essa é a receita.
 

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