O peixe morre pela boca

Diz um velho ditado que “o peixe morre pela boca”. E é uma grande verdade! Eu, como todos sabem, não gosto de pescar. Ressalvada aquela pescaria especial, que acontece anualmente, e para a qual fui convidado em uma oportunidade e não mais deixarei o posto, se assim ainda me quiserem os pescadores, pós-pandemia, realmente não gosto de pescar. Colocar a isca e deixá-la na água até que um peixe venha e a fisgue, realmente, não é comigo! Literalmente não!

Tal ditado, todavia, aplica-se a todos os segmentos da vida. Até porque, sabemos, somos escravos das nossas palavras. 

Eu mesmo, recentemente, acabei por morrer pela boca. Em uma situação que não me é recorrente, pois realmente não tenho o costume de fazer aquilo que fiz, acabei, de fato, fazendo. E o fiz com uma pessoa para quem não deveria tê-lo feito. Fiz involuntariamente e realmente não sei o que fiz. Não é meu costume. Não sei mesmo… Acabei, porém, magoando uma pessoa muitíssimo importante para mim, pois tive uma postura que ela não gosta, e que eu não costumo ter. E, mais ainda, que eu tinha criticado em outras circunstâncias.

A verdade é que todos erramos. A forma como lidamos com esses nossos erros é que faz a diferença! Ou podemos usar essa situação como passaporte para melhorarmos, ou simplesmente como um idiota que não se importa com as pessoas. Ou com a opinião das pessoas. Pior ainda, das pessoas em relação a nós mesmos.

Eu, definitivamente, considerando-me um eterno aprendiz, tento utilizar esses deslizes, mesmo os menos corriqueiros, para a minha lapidação. Principalmente esses cometidos com as pessoas com quem a gente tem mais consideração, com as pessoas com quem mais a gente se preocupa, nos lugares onde a gente deposita nossos mais puros sentimentos. E com quem nos deposita seus mais sinceros sentimentos…

Temos, por outro lado, a tendência de achar que, pelo fato de essas pessoas nos terem como seus, dentro de seus corações, talvez elas perdoem nossos deslizes. Até pode ser que sim. Afinal, o sentimento puro perdoa. Todavia, um prego, mesmo retirado, e com o passar do tempo, deixará a sua marca onde martelado. 

Até a próxima!          

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