O que esperar do clima em agosto?

O mês de agosto deste ano pode ser repartido em dois momentos, conforme análise da MetSul. A primeira e a segunda quinzenas do mês terão padrões diferentes na temperatura e principalmente na chuva. Na chuva, o mês terá uma grande variabilidade de volumes de uma região para outra, mas a tendência é de que os mais altos volumes se concentrem sobre a Metade Norte gaúcha.

A maior parte da primeira metade de agosto será marcada pelo predomínio do tempo firme com muitos dias de sol, nevoeiro e neblina. Em muitos locais do Sul do Brasil não deverá chover nos primeiros dez dias do mês.

A tendência é que a chuva comece a retornar entre a segunda e a terceira semana do mês com uma condição mais favorável para a chuva na segunda quinzena de agosto, contudo o aumento da precipitação não deve ser suficiente para evitar que agosto finalize com os índices de chuva abaixo da média na maioria das áreas do Centro-Sul do Brasil. Por conta da atmosfera mais instável na segunda quinzena, será o período com aumento de risco de temporais.

No tocante à temperatura, agosto ainda começa com noites frias e temperatura abaixo da média como consequência da forte incursão polar do final de julho, entretanto as marcas nos termômetros estarão em elevação gradual e as tardes passam a amenas e agradáveis enquanto as madrugadas seguem frias, mas não tão geladas quanto no fim do mês de julho.


Foto: Getty Images
 

Com a ausência de chuva e a atmosfera aquecendo a cada dia, a tendência é que o final da primeira semana e o começo da segunda semana do mês sejam mais quentes que o normal do mês, inclusive com tardes de calor em que a temperatura deve passar dos 30ºC.

Na sequência, a expectativa é que o Sul do Brasil volte a ser alcançado por massas de ar frio que serão intercaladas com alguns dias de marcas mais amenas ou elevadas, mas que não devem gerar longas sequências de dias de temperatura acima da média.

O que chama a atenção da MetSul é que vem se observando um ciclo de 30 dias entre o ingresso de ar polar de grande intensidade. Houve uma intensa onda de frio no fim de junho e outra de enorme intensidade no final de julho.

Mantendo-se o ciclo, e este é um ponto em aberto, poderia haver uma incursão polar forte a muito forte na última semana de agosto. O modelo europeu não sinaliza tal tendência de ar gelado no final de agosto, mas o modelo norte-americano CFS aponta uma massa de ar polar de grande intensidade na última semana do mês.