Sinusite e rinossinusite são termos ouvidos frequentemente, entretanto não são sempre compreendidos e geram dúvidas. Eles representam a mesma doença, referindo-se à presença de inflamação nas cavidades dos ossos da face. A diferença é que a rinossinusite indica que há inflamação também nas fossas nasais. A inflamação – que não é, necessariamente, uma infecção – ocorre dentro de um ou mais seios paranasais (cavidades aeradas de ossos da face e crânio).
Porém, como o revestimento mucoso do nariz e dos seios paranasais é o mesmo, e a maioria das inflamações começam pelo nariz e depois seguem até os seios da face, defende-se há vários anos que o termo correto para as então chamadas sinusites seja rinossinusites.
Dessa forma também deve ficar claro que uma doença não é mais grave que a outra, somente um termo que engloba na definição mais uma região envolvida no processo.
“Os sintomas, nestes casos, incluem: congestão nasal; presença de uma secreção amarelada/verde pelo nariz ou descendo pela garganta; dor na face e nos dentes superiores e tosse. Além disso, a questão do tempo de duração das inflamações é muito importante. As rinossinusites ou as sinusites podem ser tanto causadas pelos vírus dos resfriados e gripes, como por bactérias, por isso, para pensar em um processo bacteriano, e no tratamento com antibióticos, deve-se aguardar, no mínimo, de 7 a 10 dias. Isso porque, na maioria dos casos, o agente causador é viral e não necessita deste tipo de medicamento”, orienta e alerta a otorrinolaringologista Vanessa Macedo, de Bento Gonçalves.
A maioria das rinossinusites agudas ocorre após resfriados, logo, as mesmas medidas de prevenção da gripe valem para evitar estes casos. São elas: lavar as mãos; evitar ambientes com aglomeração de pessoas e pouco ventilados; manter uma hidratação adequada; evitar exposição a trocas bruscas de temperatura e umidade relativa do ar; realizar lavagens nasais com soluções fisiológicas e tratar adequadamente os processos alérgicos dessa região.
Antibióticos
O uso precoce de antibióticos diante dos primeiros sintomas nasais ou na face, associados com outros indicativos de resfriado ou gripe (dor de garganta, rouquidão, febre, tosse) não é indicado. “Além de não prevenir o desenvolvimento de rinossinuites bacterianas, isso aumenta a resistência das bactérias presentes e desencadeia uma série de efeitos adversos em um percentual significativo dos pacientes”, alerta Vanessa Macedo.
Dra. Vanessa Macedo
Fone: (54) 3702 7272
Consultório: José Mário Mônaco 227/602, Centro Profissional Serrano
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