O sonho de conhecer Machu Picchu

Apaixonada por viagens e pela língua espanhola, a estudante bento-gonçalvense de Direito Gabriela Michelon realizou, há algumas semanas, mais um de seus sonhos: conhecer o templo histórico de Machu Picchu, no Peru. Acompanhada das amigas Lisiane e Amanda Tesser, a universitária visitou, ainda, a cidade de Cusco e a capital peruana, Lima. As inseparáveis companheiras de viagens desfrutaram ao máximo do roteiro, combinando todos os momentos, desde as escolhas dos passeios até as refeições, e aproveitando os dias de forma intensa.

Mais do que uma satisfação pessoal, a jovem vê a oportunidade de ter visitado um dos mais importantes destinos turísticos latinoamericanos como uma forma de incentivar que outras pessoas também desejem vivenciar essa experiência. Além dos locais visitados, ela descreve a receptividade e o carisma do povo anfitrião. “Uma das coisas mais legais no Peru é que as pessoas são simples. A principal preocupação delas não é aparência, mas tratar bem os outros. Isso é muito bonito, algo que tem muito valor”, destaca.

Depois de chegarem a Lima, de onde puderam admirar o Oceano Pacífico, as três amigas embarcaram em outro voo até Cusco, cidade que também chamou muito a atenção pela sua riqueza histórica. “Gostei muito de Cusco, porque foi lá que a civilização inca começou. É um dos lugares que há muito eu queria conhecer. No começo, a gente sente um pouco a altitude – e, por isso, é comum eles recepcionarem os turistas com folhas e chá de coca –, mas, logo se acostuma e a viagem segue maravilhosa”, diz Gabriela. Uma das surpresas por lá foi a cerveja Cusqueña, produção local que agradou ao seu paladar.

De Cusco a Águas Calientes, pequeno povoado que fica aos pés da montanha que abriga Machu Picchu, o percurso foi percorrido de trem. “O trajeto é fantástico, porque são quatro horas de viagem e o trem vai a uma velocidade de 20km/h, passando por paisagens incríveis”, lembra.

Parte da subida ao santuário é feita de ônibus e, em outro trecho, a pé. “Machu Picchu é um lugar que tem uma energia incrível, uma positividade muito grande. Lá, os incas construíram uma belíssima civilização”, recorda. Uma das coisas que mais impressionaram Gabriela foram os métodos de construção utilizados pelo povo pré-colombiano, que empregava grandes blocos de pedra perfeitamente encaixados, sem uso de nenhum tipo de argamassa. “Tudo lá é sensacional, inclusive a vista que se tem dos mirantes. Obrigada, povo Inca, por ter nos deixado Machu Picchu”, completa.

A relação dos atuais moradores com os visitantes também encantou a estudante. Atenciosos, eles veem no turismo uma das grandes oportunidades de renda, mas sempre recebendo os turistas com muita simpatia. Trajadas em roupas típicas da região, por exemplo, mulheres posam para fotos com pequenas lhamas – animal símbolo do Peru – no colo. “Os jovens, na minha idade, normalmente querem ir para países como Austrália, Estados Unidos. Eu não; gosto de pisar em um chão que tenha uma história, onde foram construídas civilizações. Isso é muito importante para o conhecimento. Considero viajar uma prioridade na minha vida”, conclui a bento-gonçalvense, que também ministra aulas de espanhol do nível básico ao avançado e já tem como próximos planos de viagem visitar a Patagônia, na Argentina, e a Dinamarca.

Patrimônio da humanidade
Construída no século 15, Machu Picchu é considerada, pela Unesco, Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, desde 1983. O santuário onde a cidadela se encontra está localizado na província de Urubamba, a 2.430 metros de altitude, entre os rios Cusichaca e Aobamba, e abrange uma área de 32,5 hectares. O local é formado por espaços como praças, templos, mausoléus, áreas para armazenar alimentos e canais de pedra, que se distribuem sobre a topografia da montanha de forma inigualável. Machu Picchu serviu, ao mesmo tempo, como centro de culto e de observação astronômica, e fazenda da família real do inca Pachacutec, idealizador de sua construção. O santuário alberga, ainda, quase 200 outros sítios arqueológicos, incluindo plataformas, centros cerimoniais, caminhos e canais.

É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.

Enviar pelo WhatsApp:
Você pode gostar também