Obra malfeita causa transtorno no Vila Nova 2
Há dez meses, os moradores das ruas João Pedro dos Santos e Arnaldo Audibert, no bairro Vila Nova 2, foram pegos de surpresa com o rompimento de parte da estrutura de canalização de água pluvial, que alagou cerca de dez moradias e causou grande prejuízos após um forte temporal. Algumas reuniões entre moradores e representantes foram realizadas ainda naquela época, porém o problema não foi solucionado. A forte chuva do último dia 28 (sexta-feira) reacendeu o temor nos moradores já que a adutora rompeu pela segunda vez. O prefeito Guilherme Pasin e agentes da Defesa Civil estiveram no local ainda na noite do ocorrido e garantiram que na segunda-feira seguinte, dia 1º, uma equipe da secretaria municipal de Viação e Obras Públicas (SMVOP) iria até o local para solucionar o problema. Entretanto, passados 15 dias, ninguém apareceu. As famílias dizem que quando se formam nuvens de chuva o medo e as noites em claro são inevitáveis.
Os alagamentos naquele ponto do bairro teriam iniciado após a construção de uma adutora, inaugurada em agosto do ano passado. “Naquela sexta-feira [28 de junho], eu estava na aula e pouco depois de chegar em casa escutei um forte estrondo. Vi que algumas pedras tinham ido parar longe e saía água de todos os lados da adutora. No ano passado perdemos muitos materiais que tínhamos comprado para terminar a obra na parte de baixo da casa. Com a última chuvarada, os sacos de cimento estragaram e a estrutura construída está comprometida”, relata a doméstica Marta Marini Pereira, de 49 anos, moradora do local há duas décadas. A água novamente inundou o terreno e chegou a cerca de 30 centímetros de altura. Maria conta que depois do incidente não consegue dormir em dias de chuva. “Fico só na janela, o medo não passa. A minha filha de 12 anos está completamente assustada. Quando começa a chover, ela treme e fica agarrada em mim”, descreve.
O mesmo sentimento enfrenta a comerciante Sirlene Costa Oliveira, de 49 anos, que teve parte da parede da moradia destruída e seu estabelecimento alagado em setembro de 2012. “Moro no bairro há mais de 20 anos e nunca tinha passado por situações como essa. Isso começou a acontecer depois da obra da adutora. Tivemos que refazer a parede e reforçar a estrutura. É só dar uma chuvinha que todos aqui nesta região ficam preocupados. Há moradores que têm a garagem mais baixa que o nível da rua e retiram os carros ao menor sinal de precipitação. É muito preocupante. Só queremos que esse problema seja solucionado”, ressalta.
A reportagem do SERRANOSSA tentou entrar em contato com o secretário titular da SMVOP, Valdir Possamai, porém foi informada de que a solicitação de entrevista deve ser feita junto à assessoria de comunicação da prefeitura. Até o fechamento da edição, nenhuma informação sobre o assunto havia sido repassada.
Ginásio continua interditado
Tema de reportagem do jornal SERRANOSSA em abril deste ano, o ginásio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Margarida Zambon Benini, ainda não teve as obras de reparo iniciadas. Uma empresa foi contratada através de Carta Convite porque, segundo a prefeitura, não houve interessados durante o processo de licitação. A forte chuva registrada no final de junho provocou um novo deslizamento, porém com menor intensidade do que o ocorrido em 2012.
Desde o ano passado, as atividades e oficinas foram suspensas na escola por falta de um espaço adequado. Em dias de chuva, os alunos saem antes da escola e, na hora do recreio e durante as aulas de educação física, ocorre um rodízio entre as turmas. Boa parte da estrutura do ginásio, inaugurado em dezembro de 2008, está comprometida, com rachaduras de grande porte e desnivelamento do piso. A obra tem custo estimado de R$ 189 mil e deve começar até o final deste mês.
Reportagem: Katiane Cardoso
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