Obras na bacia do Burati devem iniciar em 2014

Aprovado em julho de 2009, o Plano de Saneamento previa que até o final de 2013, 60% do esgoto estaria coletado e tratado em Bento Gonçalves. Mesmo após a liberação dos recursos e início das obras, a cidade ainda não conta com a primeira Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) na bacia do Barracão. Para anunciar novas datas de conclusão de obras, prospectar o abastecimento de água na cidade e falar sobre os investimentos e parcerias, o presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Tarcisio Zimmermann, esteve em Bento na tarde da última quarta-feira, dia 15, quando se reuniu com o prefeito Guilherme Pasin.

A principal novidade anunciada pelo presidente da Corsan foi a de que as obras da bacia do Burati, a segunda etapa do projeto de tratamento de esgoto, devem ser licitadas e iniciadas ainda em 2014. Além disso, há a expectativa de que, em um prazo de 90 dias, as intervenções na ETE do Barracão sejam retomadas (veja abaixo). 

Com o objetivo de acelerar os trabalhos, principalmente nas futuras estações de tratamento, foi criado um comitê de gerenciamento de obras que terá como membros representantes da Corsan, prefeitura e empresas que executam os empreendimentos no município. De acordo com Zimmermann, outra novidade é abertura de um novo poço artesiano na cidade, que hoje conta com três. Por indicação de Pasin, o local a ser escavado será a Linha Eulália Baixa. 

A Corsan deverá investir mais de R$ 80 milhões em Bento Gonçalves. Em números redondos, R$ 26 milhões serão aplicados na bacia do Barracão, R$ 5 milhões em melhorias na captação e bombeamento de água bruta e R$ 50 milhões na bacia do Burati.

Situação no Barracão

A construção da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) do Barracão deve iniciar em 90 dias. Pelo menos esta é a expectativa do presidente da Corsan. As obras foram barradas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em função da possível presença de um sítio arqueológico no local onde a estação seria erguida. Atualmente, 54% da rede coletora está concluída. De acordo com Zimmermann, foi realizada, com a autorização do Iphan, a contratação de um arqueólogo que está fazendo um estudo no local e deve apresentar os resultados no prazo de 60 dias. “Nossa esperança é que esta taipa seja apenas uma como tantas outras comuns nesta região e que a obra seja liberada o quanto antes. Caso não haja liberação não temos um plano B. Seria muito espinhoso ter que relocar a estação”, afirmou o presidente, ressaltando que é extremamente difícil encontrar um local para implantar uma estação de tratamento de esgoto. “Havendo a constatação de que se trata de um sítio arqueológico, é possível remover, retirar e construí-la em outro espaço para preservar aquela memória”, destaca.

Situação no Buratti

Em relação à Bacia do Burati, Zimmermann afirmou que será realizada uma licitação através do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que irá contemplar todo o complexo ao mesmo tempo e, com isso, ter mais governabilidade sobre os prazos da obra. “Provavelmente teremos um consórcio vencedor que executará tanto a rede quanto a estação”, afirma. “Quando tivermos superados os problemas técnicos e legais que hoje nos bloqueiam a possibilidade de licitação – no caso do Burati ainda não temos licença –, as obras serão iniciadas”, disse o presidente, projetando o início das obras ainda para este ano e a conclusão para, no máximo, o início de 2017.

Reportagem: Raquel Konrad


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