Oito Bombeiros de Bento Gonçalves atuarão como salva-vidas na Operação Golfinho

O já reduzido efetivo do Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves deve sofrer mais uma baixa nos próximos dias. Dos 32 integrantes da corporação, oito serão realocados para participar da Operação Golfinho, que inicia no dia 23 de dezembro e segue até o início de março no litoral gaúcho. “Estamos focando para manter uma guarnição mínima de quatro homens por dia. Além da Operação Golfinho, temos soldados em férias e um que sofreu um acidente recentemente e está afastado. Com isso, é provável que os serviços destinados à prevenção sejam um pouco prejudicados”, analisa o comandante dos Bombeiros de Bento Gonçalves, major Sandro Carlos Gonçalves da Silva. 
A ideia é manter o atendimento emergencial e parte do de prevenção. “Vamos manter os protocolos e recebimento de Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCIs), mas é possível que a análise e a vistoria demorem um pouco mais para serem feitas em função da falta de efetivo. Algumas mudanças recentes ajudam, como o fato de imóveis de até 750m² e de risco médio de incêndio não precisarem mais de vistoria e poderem ser liberados diretamente pelo sistema. Esperamos que isso compense a falta de pessoal e que não ultrapassemos os prazos de 45 dias para liberação do PPCI e de 30 dias para vistoria”, calcula o comandante.
A falta de efetivo é um problema recorrente que atinge a maioria dos quartéis gaúchos. Soma-se a isso a crise financeira que assola o Estado e que impede a liberação de horas-extras. “Sempre solicitamos essa autorização, mas, infelizmente, não somos atendidos. Não é exclusividade do quartel de Bento, existem muitas cidades em situações piores e que também não têm sido contempladas. No nosso caso, a saída é fechar um dos quartéis, no bairro Fenavinho, como tem sido feito constantemente, e manter o trabalho em um único local, priorizando o emergencial e trabalhando na prevenção conforme é possível”, explica o major. 

A Operação Golfinho
Neste ano, 900 pessoas se candidataram para as 600 vagas disponíveis para o trabalho de salva-vidas civil, mas apenas 110 avançaram no processo de seleção e estão em treinamento. Nesta 47ª edição da Operação Golfinho, os trabalhos estão concentrados nos municípios de Torres, Arroio do Sal, Capão da Canoa, Xangrilá, Imbé, Tramandaí, Cidreira, Balneário Pinhal, Palmares do Sul, Mostardas, Tavares, São José do Norte, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Chuí, em águas do mar; e em Canoas, Porto Alegre, Rio Grande, Santana do Livramento, Santa Maria, Santa Cruz do Sul e São Leopoldo, em águas internas. 
Para se ter uma dimensão da importância dessa ação, na última edição (entre 19 de dezembro de 2015 e 26 de fevereiro deste ano), foram feitos 719 salvamentos no Litoral Norte, além de 52 no Litoral Sul e 77 em águas internas. Os balneários e guaritas com maior incidência de salvamentos foram a guarita 11, em Torres, com 31 salvamentos, seguido da 9, também em Torres, com 23 registros, e a guarita 133, em Imbé, com 23 salvamentos feitos pelos salva-vidas da Operação Golfinho.

Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini/Divulgação

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