Operação Cativeiro é deflagrada cumprindo 70 ordens judiciais em cinco municípios gaúchos

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (03/11) a Operação Cativeiro, cumprindo 70 (setenta) mandados judiciais nos municípios de Canoas, Porto Alegre, Cachoeirinha, Pelotas e Charqueadas.

Na ação, foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão além de  9 prisões preventivas pelos crimes de extorsão mediante sequestro e organização criminosa. A operação ocorreu em conjunto com o comando do 15-BPM e contou com o apoio da Susepe e Guarda Municipal de Canoas.

Com a mobilização de 500 agentes de segurança, dos quais 290  policiais civis, 160 policiais militares, 30 guardas municipais e 20 agentes da Susepe, além do cumprimento dos mandados, seis pessoas foram presas, com a apreensão de duas armas, munições, drogas, miguelitos, colete balístico, balaclava e um rádio comunicador.


 

As investigações iniciaram quando uma organização criminosa infiltrou-se em dois condomínios do programa Minha Casa, Minha Vida no município de Canoas expulsando os moradores e ameaçando para conseguirem praticar o tráfico de drogas.

Como as ações policiais nos condomínios para coibir a ação da organização criminosa estavam causando prejuízo, a facção sequestrou a mãe da companheira de um policial militar com o intuito de obter dados do policial.

A ordem para o sequestro, conforme as investigações, partiu de dentro do sistema prisional. O sequestro foi encerrado por abordagem da Brigada Militar. A vítima deu no dia dessa abordagem uma versão mentirosa do acontecido, porém juntamente com a inteligência da Brigada Militar descobriram a versão do sequestro e colocaram a vítima no programa de proteção a testemunhas do RS.

As investigações conseguiram identificar que os contatos seriam feitos do presídio, além de materializar as conversas e pedidos de resgate identificando-se pelo menos 8  criminosos envolvidos no crime de extorsão mediante sequestro realizado, sendo que o porteiro de um destes condomínios teria participado do crime de extorsão mediante sequestro praticado contra a mãe da companheira do policial militar. Um dos investigados seria o o mandante de ter ateado fogo no ônibus em 2019 no terminal Mathias Velho em Canoas e preso em flagrante.

A investigação esteve a cargo do delegado Thiago Lacerda, da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Canoas.