Operação Contenção: governador do Rio homenageia policiais mortos
Os policiais Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca morreram durante a Operação Contenção no RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou nesta quarta-feira (29) a promoção post mortem dos quatro policiais mortos durante a Operação Contenção, realizada na terça (28) nos complexos do Alemão e da Penha.
“Hoje o Rio de Janeiro amanheceu de luto. Quatro bravos policiais foram mortos por narcoterroristas durante a Operação Contenção, em um dia histórico de enfrentamento ao crime organizado. Todos serão promovidos postumamente”, publicou Cláudio Castro nas redes sociais.
Castro defendeu a ação das forças de segurança e cobrou maior apoio do governo federal. Em entrevista, o governador afirmou categoricamente que as únicas vítimas da operação foram os policiais mortos.
Policiais mortos na Operação Contenção
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, comissário da 53ª DP (Mesquita). Ingressou na corporação em 1999, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
- Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, inspetor da 39ª DP (Pavuna). Estava na Polícia Civil havia menos de dois meses. Era casado e deixa esposa e uma filha.
- Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope. Ingressou na Polícia Militar em 2008 e atuava em apoio tático. Era casado e deixa esposa e uma filha.
- Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope. Ingressou na Polícia Militar em 2011 e tinha formação em tiro de precisão. Era casado e deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Operação e balanço
Durante a manhã desta quarta-feira, moradores retiraram cerca de 60 corpos de áreas de mata do Complexo da Penha. Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade, a maioria apenas de cueca. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, os próprios moradores teriam removido as roupas camufladas e o armamento dos criminosos mortos para fazê-los parecer “inocentes”, o que configuraria fraude processual.
De acordo com balanço divulgado no início da tarde, a Operação Contenção deixou 119 mortos — sendo 115 criminosos e quatro policiais. Também foram registradas 113 prisões, 10 adolescentes detidos e a apreensão de 118 armas — entre elas, 91 fuzis —, além de pistolas, granadas e mais de uma tonelada de drogas.
A operação cumpria mandados de prisão e mirava um núcleo do Comando Vermelho, resultado de mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). A ação mobilizou 2,5 mil agentes e abrangeu 26 comunidades dos complexos do Alemão e da Penha.