Operação da PC prende mulher por furto de equipamentos de UTI COVID em Viamão

Na quinta-feira, foi deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), a Operação Antídoto, que prendeu uma técnica de enfermagem de 24 anos acusada de furtar e revender 34 equipamentos hospitalares destinados a pacientes com covid-19. A investigada revenderia os itens, avaliados em mais de R$ 100 mil, em um site de comercialização de produtos na internet. O caso ocorreu no Instituto de Cardiologia Hospital Viamão, no município da Região Metropolitana.

As investigações duraram cerca de dois meses e foram iniciadas após equipes de segurança do hospital contatarem a Polícia Civil em março deste ano. Segundo a polícia, após uma auditoria interna do hospital foi constatada a falta de 34 equipamentos, que haviam sido repassados a partir de outubro e novembro de 2021 pelo governo do Estado para o tratamento de pacientes com covid-19. Tratam-se de bombas de infusão de medicamentos e eletrocardiógrafos.

As investigações apontam que a suspeita revenderia os equipamentos ao longo de no mínimo cinco meses em site de comércio eletrônico. De acordo com a Polícia Civil, ela anunciaria os produtos antes de retirá-los do hospital. A partir do surgimento de uma demanda, os equipamentos seriam subtraídos.

De acordo com polícia, o site foi muito importante para a operação, colaborando sempre que solicitado. Após a descoberta do nome inicial utilizado na conta do site, foi apurada junto ao hospital a identidade da investigada. Ela foi presa preventivamente na residência de seus pais, no bairro Cohab, em Viamão.

Outros quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, três em outras residências vinculadas a cadastros da suspeita. Em um quarto cumprimento de mandado, um médico-veterinário foi preso em flagrante em uma clínica no bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre. Ele é suspeito de receptação de uma bomba de infusão e de um eletrocardiógrafo, avaliados, juntos, em cerca de R$ 24 mil. Ele não admitiu a prática do crime de receptação. Dez contas bancárias foram bloqueadas.