Operação da Polícia Civil desarticula organização criminosa com atuação no RS e SC

Na manhã desta quinta-feira (13/08), a Operação Chicago foi deflagrada contra organização criminosa que realizava lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas em dez municípios do Rio Grande do Sul, bem como no município de Itapema, em Santa Catarina.

Foram cumpridas 151 ordens judiciais sendo 40 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, 38 bloqueios de contas corrente, 19 sequestros de imóveis e 48 restrições de veículos, nos municípios de Canoas, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Nova Santa Rita, Gravataí, Estância Velha, São Leopoldo, Imbé e Capão da Canoa.

A investigação apurou uma rede organizada que atuava como uma empresa, tendo como fonte de recursos financeiros principal e original o tráfico de drogas. A partir do dinheiro de venda de drogas, eram adquiridas armas, munições e veículos clonados.

Foram investigados e sequestrados 19 imóveis representando aproximadamente R$ 15 milhões e 48 veículos que totalizaram aproximadamente R$ 2,3 milhões. Também estão sendo bloqueadas 38 contas correntes. A estimativa é de que a organização tenha movimentado valores que chegam a R$ 17,3 milhões.

O aspecto mais relevante da operação trata de que os valores adquiridos com o tráfico de drogas eram "lavados", dissimulados, usando-se o dinheiro de origem ilícita para aquisições aparentemente lícitas de imóveis, automóveis, lanchas, aeronaves e outros bens móveis e empresas. O dinheiro ilícito também era usado, nesse mesmo processo, para aquisição de moedas estrangeiras, em regra dólares americanos.

Além disso, a organização criminosa pretendeu colocar um de seus integrantes para fazer aulas de voo de helicóptero com a intenção de roubar a aeronave, para que depois fosse utilizada para o transporte de drogas fins ilícitos.

Em outro momento, também foi apurado que a organização criminosa por vezes ocultava drogas dentro de sacas de grãos. Para isso, contratou a compra de diversas sacas de grãos, pelas quais nunca pagou aos fornecedores.


 

Por fim foi descoberto que um dos membros da organização criminosa foi candidato nas últimas eleições a deputado estadual, demonstrando que a intenção da organização criminosa era ter atuação no Estado e na Política.

O nome da operação, “Chicago” possui fundamento no foco da operação, referente, em especial, ao crime de Lavagem de Capitais, na referência histórica ao município de Chicago nos EUA, onde houve uma atuação pioneira de lavagem de capitais.

Para a realização da Operação, que contou com apoio da CORE, foi utilizado um efetivo de 220 policiais civis e 80 viaturas. A Operação Chicago está a cargo do delegado Rodrigo Caldas, titular da 3ª DP de Canoas.