Matéria corrigida e atualizada em 23.08, às 10h
Ao final da noite a Polícia Civil confirmou que a quantidade exata encontrada foi de 825 quilos
Um operação conjunta do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas da Brigada Militar (3º Bpat) e da 1ª Delegacia da Polícia Civil (1ª DP) apreendeu na tarde de quarta-feira, dia 22, 275 quilos de dinamite Ibegel SSP (para aplicação em subsolo e desmonte estrutural), 550 quilos de explosivos granulados, totalizando 825 quilos de explosivos e uma grande quantidade brinel (utilizado para iniciação de cargas explosivas, em minerações a céu aberto, subterrâneas, túneis e na construção civil em geral).
Os explosivos foram encontrados em uma residência, em São Valentim. “A Brigada Militar recebeu uma denúncia anônima informando que havia um depósito irregular de explosivos em uma moradia, supostamente abandonada, em São Valentim. Montamos uma operação conjunta para averiguar a situação. No local foram encontradas diversas caixas com bananas de dinamite, somando cerca de 150 quilos, e diversos metros de brinel”, descreve o delegado Leônidas Costa Reis. Ainda quando os policiais estavam na propriedade, um caminhão, de uma empresa de detonação, com placas de Bagé, chegou carregado com 550 quilos de explosivos granulados e 125 quilos de dinamite. O condutor do caminhão não possuía habilitação para transporte de carga perigosa.
A empresa responsável pelo material tem licença para operar, mas não tem autorização do Exército e da Brigada Militar para armazenar os explosivos. “Na moradia não havia nenhuma segurança, qualquer pessoa podia entrar e subtrair os produtos. Ficamos em alerta por ser esse tipo de explosivo os mais utilizados nos últimos ataques a banco que vem sendo realizados na Serra. Mas ainda é prematuro afirmar se esse material vinha sendo desviado”, relata Reis.
O material foi apreendido e será verificado se os valores das notas correspondem a quantidade localizada. Os explosivos foram encaminhados ao depósito de outra empresa de detonação da cidade, indicada pelo Exército, que tem as licenças exigidas para o armazenamento do produto. O proprietário da empresa irá responder inquérito policial por estar armazenando explosivos de forma irregular.
Reportagem: Katiane Cardoso e Greice Scotton
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