Operação que investiga grupo empresarial por lavagem de dinheiro, fraudes e corrupção cumpre mandado em Garibaldi

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, dia 7, a Operação Caementa. O objetivo é reprimir crimes de lavagem de dinheiro, fraudes e corrupção, supostamente praticados por empresários que atuam no segmento de produção de concreto, extração e comércio de areia e pedra. A ação conta com o apoio da Receita Federal do Brasil.

Mais de 150 policiais federais e 16 auditores fiscais cumprem 37 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão nas cidades gaúchas de Santa Maria, Porto Alegre, Bagé, Carazinho, Caxias do Sul, Frederico Westphalen, Garibaldi, Maquiné, Panambi, Passo Fundo, Rosário do Sul, São Sebastião do Caí e Três de Maio, e em Camboriú, no Estado de Santa Catarina. 


 

O inquérito policial indica que os investigados teriam sonegado tributos e contribuições sociais, desviado patrimônio das suas empresas endividadas e que se encontram em recuperação judicial, e ocultado o proveito dos crimes por meio da criação de empreendimentos de fachada. São objeto da investigação 14 empresas controladas por um único grupo estabelecido em Santa Maria, cujo nome não foi divulgado pela Polícia Federal.

O valor do crédito constituído pela Receita Federal é de aproximadamente R$ 180 milhões. A pedido da PF, a 7ª Vara Federal de Porto Alegre decretou a indisponibilidade de um patrimônio inicialmente estimado em R$ 81 milhões de reais.


 

Os crimes investigados na Operação Caementa são organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, omissão de vigência de contrato de trabalho, crimes falimentares, fraude a licitações, extorsão e corrupção. 

O nome da operação é uma referência ao termo latino caementa, que significa “pedras pequenas”.