Opinião – Sentidos do trabalho e suas novas formas de organização


 

Grandes transformações sociais, econômicas, financeiras e tecnológicas geram mudanças potenciais para a reestruturação do trabalho, criando novos desafios e oportunidades, tanto para as equipes funcionais como para as organizações. Compreender como as pessoas interpretam e visualizam o sentido do trabalho hoje é um desafio importante para gestores organizacionais, tendo em vista as profundas transformações que têm atingido as organizações.

Todo esse movimento possibilita adequações que visam não apenas a busca por produtividade e sustentabilidade organizacional, mas também identificar formas de valorização do indivíduo, assim como qualidade de vida no trabalho. 

A organização do trabalho deve contemplar a percepção do indivíduo em relação a seu próprio trabalho. É essa percepção que permitirá um maior ou menor engajamento, pertencimento, desenvolvimento com qualidade e produtividade do produto ou serviço prestado.

Para atender essa demanda, uma série de pesquisas abordam que o trabalho deve apresentar como características importantes: agregar conhecimento continuamente, ser desafiador, dar condições de autonomia e reconhecimento, ter sentido e permitir continuidade do indivíduo na organização.

Tudo isso nos mostra a importância de ver a organização como um sistema, sendo composto por um conjunto de áreas, setores, departamentos e pessoas que interagem entre si para a busca de um objetivo comum. Essa visão nos permite identificar diferentes estratégias, métodos e processos que permitam potencializar resultados organizacionais, através da valorização das pessoas.

Pode-se considerar, nesse contexto, dois caminhos que devem se encontrar em um ponto comum, ponto este que permita a criatividade com geração de valor, validado pela sociedade, a partir de novas formas de organização do trabalho. 

O primeiro caminho parte das pessoas ou do indivíduo, a partir da subjetividade e assertividade, que são elementos que representam a bagagem de conhecimentos e experiências que cada um tem e, consequentemente, sua forma de ver e avaliar o que ocorre em sua volta, gerando condições de autonomia e cooperação. O segundo parte da organização (empresa), criando formas de efetivação desse trabalho, que permita o reconhecimento de seu sentido, buscando desenvolver economia criativa através de novas tecnologias e sustentabilidade financeira, operacional e social.

Importa se lembrar sempre de organizar o trabalho para que ele tenha sentido e seja realmente valorizado, a ponto de proporcionar engajamento, pertencimento e cooperação; deve ter em seu planejamento elementos chaves como ética, cultura, iniciativa, conhecimento e propósito, além de ter condições de ser medido para a devida avaliação e demonstração de desempenho em relação a metas e ou objetivos previamente definidos.

Para atender toda essa transformação e novas exigências no mundo do trabalho, a UCS está em período de inscrições para o curso de Especialização Gestão Estratégica com Foco em Resultados, que busca desenvolver visão sistêmica da organização, focando em resultados globais, sem perder a atenção sobre a individualidade de cada unidade componente dessa organização.