Orientação argentina para sair do “quase”

O Farrapos começa neste sábado, dia 4, a partir das 16h, em Florianópolis (SC), diante do Desterro, a sua quinta participação no Campeonato Brasileiro de Rugby. O objetivo é voltar a ascender no cenário nacional, o que passa por um lugar, ao menos, entre os quatro melhores. Na estreia entre os grandes, em 2011, o time acabou em oitavo, enquanto nas últimas três edições estacionou na quinta colocação.

No papel, a busca por vaga às semifinais será menos concorrida, levando em conta que a elite nacional ficou mais seleta a partir desta temporada, com a presença de apenas oito clubes – nos últimos anos foram 10. Por outro lado, o novo formato do Campeonato Brasileiro impõe exigências adicionais. Com menos clubes, os prógnosticos indicam um nível mais uniforme, com disparidade menor entre as duas pontas da tabela, o que também aumenta os riscos de descenso – o oitavo colocado será rebaixado, enquanto o sétimo disputará repescagem contra o vice-campeão da segunda divisão.

Para brigar entre os primeiros e manter distância da zona de rebaixamento, a primeira advertência é regularidade, sobretudo ao Farrapos. Em 2013 e 2014 a equipe protagonizou atuações à altura dos rivais que brigaram pelo título, mas não foi constante e acabou tropeçando em confrontos diretos, que custaram a classificação às semifinais. A confiança de que neste ano o roteiro pode ser diferente está embasada nas mudanças propostas pelo argentino Mario Oliva, contratado no final de 2014 para ser o treinador de forwards e coordenador técnico de todas as categorias. O trabalho, desde então, vem sendo concentrado no reforço físico e no equilíbrio entre forwards (jogadores de 1 a 8) e backs (jogadores de 9 a 15). “É preciso ter um sistema equilibrado, não pode ser uma parte forte e outra fraca. Temos que tentar fazer um jogo de 15 homens, que todos sejam parelhos e ajudem mutuamente uns aos outros. No ano passado a gente não tinha uma programaçào de treinamento físico, e neste ano ela existe. Há uma parte física, uma parte de atitude e outra parte de jogo. Todas são necessárias e estamos trabalhando em cima delas”, relata o argentino.

Outra aposta do clube para sair do “quase” está na manutenção do plantel. Enquanto as principais equipes vêm complementando seus elencos com peças pontuais de escolas mais tradicionais do rugby, principalmente a Argentina, a equipe de Bento acredita na sustentabilidade, a partir do amadurecimento dos líderes do grupo, como Pequeno, Scopel e Bigode, e da evolução gradual dos atletas oriundos das categorias de base, que são moldados de acordo com os princípios do clube, tanto dentro como fora das quatro linhas.

Mudou a postura, portanto, mas a essência é a mesma. Com a velha voluntariedade e desvelo com a qual transformaram a cidade na capital gaúcha do rugby, os amadores rugbiers bento-gonçalvenses buscarão, a partir deste sábado, deixar a cidade ao menos mais próxima do topo no país.

Regulamento

N primeira fase, os oito times se enfrentarão em turno e returno. Os quatro primeiros avançarão às semifinais, enquanto o último colocado estará rebaixado à segunda divisão. O penúltimo, por sua vez, terá que defender a permanência na elite contra o vice-campeão da Taça Tupi (segunda divisão).

Além do Farrapos e Desterro, disputarão o Super 8 o Curitiba (PR), Spac (SP), São José (SP), Pasteur (SP), Band Saracens (SP) e Jacareí (SP). O atual campeão é o Curitiba. 

 

É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

Instagram: @serranossa

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.

Enviar pelo WhatsApp:
Você pode gostar também