Os desafios para uma boa gestão em pauta no CIC
Anatomia Corporativa. Foi a partir deste tema que Martin Ricardo Shulz, consultor com longo currículo de experiências em grandes corporações e no exterior, conduziu a palestra do CIC integrante da 2ª Semana Municipal do Empreendedorismo. O evento foi realizado no salão da entidade, na noite de terça-feira, dia 18, e reuniu empresários, gestores e autoridades, tendo como grande objetivo direcionar pensamentos para uma economia mais competitiva diante dos desafios brasileiros contemporâneos.
Diretor executivo da Mars Capacitação Gerencial e da Austa Banco de Competências, Shulz é credenciado pelo Instituto Internacional de Gestão e Consultoria e certificado pelo Instituto Brasileiro de Consultores em Organização (IBCO).
Com o objetivo de mostrar como empresas de tamanho e estrutura adequadas tornam-se mais competitivas, o palestrante começou sua explanação comparando a saúde empresarial com o corpo humano. Segundo ele, assim como o homem, as empresas são organismos que sofrem influências internas e externas, as quais são igualmente importantes. “Assim, somos uma pessoa que, neste momento da economia, está passando por uma gripe muito forte”, comparou.
Após traçar um panorama do ambiente de competitividade existente no mundo, em que empresas de tecnologia começam a entrar em segmentos como o aeroespacial e o automotivo, Shulz destacou avanços e retrocessos no mercado externo e chegou aos fatores brasileiros de competitividade, evidenciando o que ele chamou de múltiplas crises brasileiras. A partir disso, o palestrante apresentou aspectos hídricos, energéticos, políticos e econômicos como as quatro crises brasileiras contemporâneas e mostrou que, somadas, elas geram o pior dos problemas: a falta de confiança, exemplificada por gráficos nacionais.
Shulz chegou, então, ao interior das empresas, onde, segundo ele, há um ambiente mais complexo de relacionamentos. Em meio à crise, com salários em queda brusca e aumento gradual do desemprego, persistem os aspectos gerados a partir do crescimento econômico da última década. Profissionais mais insatisfeitos, de uma geração que busca por novos paradigmas, são um desafio de gestão para as organizações e, consequentemente, um desafio para a competitividade.
Esse ambiente leva à fragmentação das estruturas corporativas e à geração de novos padrões, com a necessidade de estruturas adequadas e, muitas vezes, mais enxutas. “Porém, quando falamos em fragmentação das organizações e em estruturas mais enxutas, estamos nos referindo à adequação das empresas à realidade, e não ao corte sistemático de custos. É fundamental manter o ritmo de investimentos em inovação e relacionamento com o mercado, por exemplo; porém, sempre a partir de realidades novas”, finalizou Shulz.
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