Os melhores tecidos para aquecer seu filho neste inverno

Portal Minha Vida

Com a chegada das estações mais frias a preocupação com doenças respiratórias é grande. Principalmente no caso dos bebês, que têm um sistema imunológico mais frágil. "As crianças nascem com alguns componentes de defesa e outros são constituídos com o passar dos anos, é o que chamamos de imunidade adaptativa ou adquirida. Alguns desses componentes só se desenvolvem por volta dos 7 anos", explica a imunologista e alergista Fátima Rodrigues.
Os primeiros meses de vida são o momento em que a criança começa a entrar em contato com possíveis causadores de alergias, como ácaros e poeira doméstica. Quaisquer lugares que os acumulem podem ser perigosos, inclusive as roupas de frio.

O MAIS INDICADO
Para a dermatologista Samar Harati, moletom é o melhor dos tecidos. “Ele não possui linhas para acumular pó e ácaros, evitando riscos de causar alergias e permite que o bebê fique quentinho”, conta a especialista. O tecido muitas vezes é feito com 100% de algodão, o que facilita sua lavagem. 

E AS ROUPAS DOS PAIS?
As roupas dos pais também devem ser levadas em consideração, já que os bebês entram em contato com esses materiais no colo, por exemplo. Como os itens de inverno ficam guardados ao longo das outras estações, é preciso retirá-los dos armários antes de esfriar e tomar um cuidado especial na lavagem.

“Para ter uma higiene adequada é importante evitar produtos com cheiros fortes, preferir sabões neutros, lavar e enxaguar várias vezes o tecido e fazer secagem da roupa em ambiente ventilado, para não acumular mofo”, explica a imunologista Fátima.

TIPOS DE TECIDO
Flanela: é muito versátil para o inverno, e pode ser composto por lã, fibra sintética e algodão. O ideal é preferir que a maior parte da composição seja formada pelo último tipo de fio. “As fibras sintéticas podem irritar a pele da criança, já o algodão seca mais rapidamente e acumula menos alérgenos”, diferencia a imunologista e alergista Fátima Rodrigues. Ele pode ser usado para diversas peças, como casacos e calças.

Plush: a maior característica do plush, tecido usado em cobertores e casacos, é ser mais fofo e bem parecido com uma pelúcia. Por isso mesmo, é o local perfeito para acúmulo de poeira e ácaros. O ideal é verificar na etiqueta qual a composição do tecido, quanto maior a porcentagem de algodão, e portanto menor a de poliéster, melhor para os pequenos, já que ele é menos irritante para o bebê. Existem plushs com até 80% de algodão.

Veludo: um tipo clássico e interessante para peças como calças, pode ser bem pesado. O único problema é que ele também tem uma característica felpuda, com penugens curtas na superfície, sendo um bom local para acúmulo de poeira e ácaros, precisando ser lavado com bastante frequência.

Soft: tecido comum para cobertores e casacos, ele é bem felpudo, o que já contraindica seu uso. Isso o torna uma má opção, já que acumula resíduos de poeira e ácaros. Normalmente esses aracnídeos costumam se abrigar em materiais porosos, e tecidos mais peludos tem essa característica. Mas lavando as peças com frequência, toda semana, por exemplo, não é preciso deixar de usá-las completamente.

Lã: esse material tem dois problemas principais: o primeiro é ser muito felpudo e por isso soltar fiapos, que podem irritar as vias aéreas do bebê. Em segundo lugar, por ter tramas com muito espaços, é o tecido ideal para o acúmulo de poeira e ácaros. O ideal é evitar o tecido, e caso já tenha alguma peça feita com ele, como cobertores, cachecóis e casacos, tomar cuidados especiais. “A lã exige que as peças sejam secas ao sol e guardadas em sacos plásticos individuais”, ressalta a dermatologista Samar. Outra dica é preferir os tipos menos felpudos quando for comprar roupas desse material. Vale observar ainda na loja a qualidade do produto, e fazer os testes na sua própria pele se for o caso.

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