Os riscos do consumo excessivo de energéticos

O consumo de bebidas energéticas cresceu consideravelmente nos últimos anos, principalmente entre os jovens. Utilizadas como um estimulante para o corpo, elas são compostas por diversas substâncias, dentre elas a cafeína e a taurina. Mesmo que, em alguns casos, o líquido possa trazer benefícios imediatos para o dia a dia, o consumo excessivo pode causar prejuízos para a saúde.
A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central e, por isso, ajuda a deixar as pessoas mais alertas. Cada latinha de energético equivale a cerca de três xícaras de café, bebida que também é rica na substância. Por isso, o ideal é que a pessoa consuma, no máximo, uma lata e meia por dia, porque a cafeína em excesso pode intoxicar o organismo, levando a náuseas, taquicardia, tremores, insônia e irritabilidade. Além da substância, os energéticos também são ricos em açúcares e este é mais um motivo para controlar sua utilização, já que eles podem colaborar com o aumento do peso.
Segundo a nutricionista Fernanda Pezzi, não há recomendação do consumo de bebidas energéticas, principalmente para pessoas enfermas, crianças, gestantes e idosos. “Os efeitos variam de acordo com a dose ingerida e a sensibilidade de cada um. A quantidade que deixa o jovem eufórico, para um idoso hipertenso pode levar ao aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, com maior risco de morte”, explica. De acordo com a portaria nº 868/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os fabricantes de bebidas energéticas tem a obrigação de informar no rótulo que enfermos e idosos devem evitar seu consumo. Isto ocorreu após a descoberta de algumas irregularidades, como excesso de vitaminas e falta de comprovação das funcionalidades (pontecializadora, estimulante, melhora do desempenho etc).
Outra situação comum e que pode ocasionar problema para a saúde é a mistura de bebidas energéticas com bebidas alcoólicas. “Quando associado ao álcool, os efeitos são diferentes, porém ainda mais perigosos. A cafeína causa euforia e a taurina (um aminoácido presente nos energéticos) retarda os efeitos do álcool e desta forma, a pessoa irá compensatoriamente beber mais, podendo chegar ao ponto de ter um coma alcoólico”, explica a nutricionista.
A especialista em fisiologia do exercício lembra também a importância de diferenciar as bebidas energéticas das desportivas ou repositoras energéticas. “Estas têm composição diferente, sem cafeína ou estimulantes, com base prioritária de carboidratos (açúcares), visando a reidratação e a reposição da energia perdida durante a prática de esportes, sendo aplicadas de maneira criteriosa e individualizada”, contextualiza Fernanda.
Fernanda diz que a explicação dada por muitos, de que utilizam-se de energéticos como uma forma de buscar maior energia para o corpo, não é necessariamente válida e saudável. “Não existe nenhuma necessidade para recorrer a esse tipo de bebida para este fim. Conseguimos perfeitamente mais energia para o nosso organismo através de uma alimentação adequada e através dos alimentos convencionais”, finaliza. 

Saiba mais:

Taurina é um aminoácido presente em alimentos de origem animal e é também produzida pelo homem. É usada nos energéticos por seu efeito desintoxicador, facilitando a excreção pelo fígado daquelas substâncias que não são mais importantes ao corpo. Tem ainda o efeito de melhorar a vascularização periférica, principalmente da região orbital, ou seja, melhora a visão com luzes artificiais à noite. Por isso, a bebida pode ser bem utilizada para dirigir a noite.

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Cafeína possui um conhecido efeito estimulante para o sistema nervoso central, aumentando a atenção. A secreção da adrenalina eleva a função cardíaca, melhora a contração muscular e facilita a desidratação devido a seu efeito diurético.

Maurício Reolon

 

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