Pai!

Eu sempre digo aqui que eu sou uma pessoa de sorte. De muita sorte! Repleto de defeitos, mas em mesma proporção que virtudes, o Papai do céu sempre dá um jeito de permitir que eu tenha sempre os bons perto de mim. Alguns vão dizer que esse é um dos deveres dos pais: guiar o caminho dos filhos. Concordaria, se eu não conhecesse experiências de pessoas esplêndidas, de posturas retas e caráter ilibado, fiéis, leais, inteligentes e de sucesso, que não têm um pai presente.

Claro que o senso comum, o natural, aquilo que se espera, pelo menos na minha geração, é que as famílias sejam compostas de pai, mãe e seus filhos. Contudo, cada vez mais, essa situação vem mudando. As próprias famílias, hoje, não mais podem ser caraterizadas por pai e mãe, mas sim podem ser compostas por pessoas do mesmo gênero que, juntas, entendem por criar uma criança. E o fazem da melhor maneira possível, sem se preocupar com convenções sociais, bíblicas ou legais.

Aliás, hoje a própria lei reconhece essa possibilidade. E tanto é assim que não mais se fala em “direito de família” e sim “direito das famílias”. Afinal, legalmente também o conceito de família mudou. E aqui, desde já me defendo: não há nenhuma conotação política ou ideológica nesse texto. Eu sou, sim, retrógrado, conservador, quadrado até. O que eu não posso é virar as costas para a realidade; fazer de conta que não existem essas situações. Mais ainda: não posso querer julgar a postura ou a conduta de uns ou outros, que entenderam por buscar a felicidade da forma como bem quiseram, aceitando-se ou reconhecendo-se ou, ainda, entendendo-se da forma como são. Mas de que forma eles são, Thiago? Eles são como eles são! E PONTO FINAL! Afinal, o importante é ser feliz, sempre fazendo o bem!

Pois bem, se o Papai do céu me permite estar sempre perto dos melhores, na semana que precede o Dia dos Pais, eu não poderia também deixar de homenagear meu pai, seu Dirceo! Quem o conhece sabe o quão inteligente ele é. E o quanto de vontade de conhecimento que ele tem. E talvez seja essa a maior herança que ele pode ter me dado: a vontade pelo conhecimento. E se um dia o Papai do céu me permitir ser pai, eu lhe peço também a graça de me permitir ser um pai presente, tal qual foi o meu. Que sorte a minha!

Obrigado, pai! 

Até a próxima!

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