Paixão pelo tradicionalismo gaúcho leva grupo de Bento a conquistar reconhecimento no FESTMIRIM
O grupo do CTG Laço Velho, que representou a 11ª Região Tradicionalista, conquistou o 4º lugar na dança, além de boas colocações na declamação masculina e feminina
Paixão e respeito pelo tradicionalismo e pela dança fizeram com que a invernada mirim do CTG Laço Velho, de Bento Gonçalves, fizesse um feito histórico. Nos dias 23 e 24 de julho, o grupo marcou presença na 26ª edição do FESTMIRIM, em Santa Maria, diretamente do CTG Piá do Sul. O festival é considerado o maior evento de danças tradicionais voltado para crianças e pré-adolescentes.
Na competição, a garotada de Bento representou a cidade e a 11ª Região Tradicionalista, que é formada por 24 municípios. Ou seja, havia muita responsabilidade em jogo, mas a turma mostrou que tem talento e saiu do festival com o 4º Lugar no Estado nas Danças Tradicionais, um feito e tanto pra cidade. Além da dança, os declamadores da turma também receberam honrarias, ficando em 4º e 7º lugares no masculino e em 16º no feminino.
De acordo com Josliane Freitas, atual coordenadora artística do Laço Velho, todo o trabalho com o grupo é desenvolvido com carinho, muitos ensaios e dedicação. “Mesmo em dias difíceis, como na pandemia, as crianças, a coordenação artística juntamente com pais, instrutor e Patrão, nunca desistiram do sonho de cultivar nossa tradição e levar a o nome de Bento Gonçalves por este Rio Grande a fora”, afirma.
Para mostra o talento da garotada da Serra, o grupo investiu em um tema que tem a ver com o dia a dia de todos e que traz muitas reflexões: os contrastes entre a infância atual e a infância dos tempos dos pais, avôs e bisavós. Segundo Josliane, a ideia foi mostrar como que o brincar do passado não é o brincar do século XXI.
“Contrastando os brinquedos tecnológicos com as brincadeiras saudáveis onde as crianças imaginavam e construíam seus brinquedos divertindo-se ao ar livre”, diz. Segundo ela, também foi levado ao tablado do FESTMIRIM os valores que sustentam a família e o respeito aos mais velhos, com a valorização das gerações antigas.
De acordo com a coordenadora artística, além da dedicação aos ensaios e de se fazer um bom trabalho na dança e na declamação, o grupo também foca em outros aspectos. “Lembrando que a Mirim são crianças de 10 a 13 anos aprendendo a crescer com adversidades. Preparamos tudo com muito amor para que não se perca o sentido principal que é a diversão de acampar, viajar em grupo, fazer novos amigos e experiências novas que serão levadas para as próximas gerações, assim como é nosso tema [da apresentação]”, destaca.