Palito desiste da presidência e desabafa
A única pessoa que havia manifestado publicamente interesse em assumir o Esportivo no biênio 2015/2016 jogou a toalha. Marcelo Vignatti, o Palito, tomou a decisão após reunião do Conselho Deliberativo realizada na última segunda-feira, dia 14, que ficou marcada por divergências quanto à possibilidade de que ele assumisse.
O empresário e ex-jogador do clube não preenche o principal pré-requisito, já que é conselheiro há apenas dois meses e o estatuto exige um período mínimo de 12 meses para encabeçar a chapa. Parte dos conselheiros entenderam que, não havendo candidatos aptos, o Conselho poderia exercer a sua soberania e eleger a única pessoa predisposta, desde que o plano de gestão fosse consistente e convincente. Outra, no entanto, manifestou contrariedade a esta excepcionalidade e a necessidade de, neste caso, alterar o estatuto para que Palito pudesse assumir legalmente.
O empresário lamentou as barreiras impostas para que pudesse levar adiante a ideia de ajudar o clube e desabafou. “Tem muito teatro e pouca ação. Quando há imprensa, tem muita gente que quer aparecer, fazer teatrinho. O Esportivo está nessa situação por causa dessas pessoas. Há muito teatro, muita fantasia e pouca atitude”, disse, criticando a falta de voluntariedade dos conselheiros aptos. “Eu acho que tem que dar uma renovada, uma oxigenada, é preciso que haja novas pessoas, novas oportunidades e novos ares. As pessoas indagam, retrucam e estão no seu direito, mas quem se prontifica a ajudar de alguma maneira não pode ser assim tão impedido. Os divergentes não têm atitude de agir. Só discordam e ficam naquela mesma coisa, todos os anos é assim. Algumas pessoas não têm a atitude que precisariam ter”, afirma.
Palito já comunicou a sua decisão ao Conselho e também solicitou que o estatuto não seja alterado. “Foi dito que essa mudança aconteceria para que eu pudesse ser eleito, e isso eu não quero. Eu não quero que o estatuto seja mudado para a minha eleição. Eu quero que ele seja cumprido e que as pessoas legais tenham a hombridade de assumir”, ressalta.
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