Partido de Bolsonaro pede cassação do mandato de Sérgio Moro

Na ação, o PL afirma que existem irregularidades em gastos e doações antecipadas por parte da campanha de Moro, solicitando que a Justiça Eleitoral às investigue

Bolsonaro e Moro no 7 de setembro de 2019. Foto: Poder 360

Ainda sem assumir o cargo de senador da República, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (União Brasil) já enfrenta a sua primeira barreira. É que o Partido Liberal (PL), sigla do presidente Jair Bolsonaro, acionou o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná – domicílio eleitoral de Moro – para cassar o ex-juiz por supostas irregularidades financeiras de sua campanha eleitoral. O PL do Paraná é responsável por mover o pedido, que segue sob sigilo de Justiça.

Na ação, o PL afirma que existem irregularidades em gastos e doações antecipadas por parte da campanha de Moro, solicitando que a Justiça Eleitoral às investigue. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, Valdemar Costa Neto, presidente nacional o partido, deu aval para a ação.

Em 2 de outubro, data do primeiro turno das eleições 2022, o ex-juiz recebeu 1.953.188 votos, somando 33,5%. O segundo colocado, Paulo Martins, que é do PL, teve 1.697.962 votos (29,12%).

A ação do PL paranaense causa desconforto na recente união entre Bolsonaro e Moro. Vale lembrar que, em 2020, Moro deixou o governo Bolsonaro por afirmar que o presidente queria interferir em decisões da Polícia Federal, que respondia ao então Ministro da Justiça, para benefício próprio. Na campanha eleitoral do segundo turno, Moro foi um dos grandes apoiadores do presidente na tentativa de reeleição, chegando a acompanhá-lo em debates políticos televisionados.

No final da tarde de quarta-feira, 07/12, o ex-juiz se manifestou pelo Twitter.

Moro ainda declarou que não teme a ação, já que, segundo ele, confia na lisura de suas eleições. “Agora impressiona que há pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”, escreveu.

*Com informações de Poder 360 e Gaúcha ZH