Páscoa: como amenizar o consumismo

Em meio a tanta correria, turbulências e dificuldades, a Páscoa abre a possibilidade de celebrar a vida e renovar o espírito. Mais que uma data comercial ou cristã, essa época do ano é culturalmente a celebração da vitória sobre a morte, o reviver. Mas como fazer desse dia um momento mais lúdico e de confraternização familiar?

No comércio, as prateleiras estão abarrotadas de chocolates e as propagandas abrem um leque de incentivo para que as crianças consumam o máximo que puderem. Ovos de Páscoa dos mais diversos tamanhos e tipos, com brindes que chamam mais a atenção do que o chocolate em si, estão expostos por toda parte. Para a psicopedagoga Letícia Casonatto, da Clínica Jeito de Ser, é preciso primeiro entender o significado dessa celebração. “A criança vem sendo bombardeada há semanas com comerciais de ovos de chocolate na TV, e pode concluir, com isso, que se trata apenas de um dia para trocar guloseimas. É preciso lembrar que Páscoa, no sentido religioso da comemoração, é muito mais do que uma data de grandes vendas para o comércio ou de presentear. É de extrema importância que as tradições religiosas e o verdadeiro sentido dela não se percam com o tempo”, comenta.

Segundo Letícia, a influência da mídia mexe com a sensibilidade das crianças. “A ansiedade pode ser um grande motivador para levá-las às compras, especialmente quando os produtos prometem que elas se sentirão mais legais ou serão populares. É importante que os pais se conscientizem de suas atitudes em relação ao consumo. Ser mais criativo sobre como e onde as compras são realizadas faz toda a diferença”, afirma a psicopedagoga. Ela lembra, ainda, que as escolas também exercem um papel importante. “Em conjunto com os pais, as instituições podem trabalhar e participar da data, de forma a dar seu real sentido e não permitindo que a mídia assuma esse papel, ou seja, trabalhar a valorização de ser e não do ter e incentivar o questionamento sobre tudo o que é visto – publicidade, propaganda, anúncios de forma geral – e o real significado que se esconde por trás da emoção e do divertimento. 

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Páscoa lúdica

Os pais podem usar toda a criatividade para transformar a Páscoa em um momento mais lúdico e divertido. A psicopedagoga dá algumas dicas: “Caça ao ninho, pintura de cascas de ovos, preparar ovos de chocolate para distribuir para crianças carentes ou rechear casquinhas de ovos com amendoim são atividades que entusiasmam as crianças”, ensina. 

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Mudar comportamentos

Para a psicóloga Janice Cavalini, que também faz parte da equipe da Clínica Jeito de Ser, resgatar os valores da Páscoa passa, necessariamente, por uma mudança no comportamento. “É importante que se dê mais valor à história da Páscoa e ao seu verdadeiro sentido. Alguns valores, como união, compreensão, gratidão e amor ao próximo devem ser resgatados das famílias de hoje”, afirma.

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Um dos problemas enfrentados atualmente é o consumismo, que tem começado cada vez mais cedo e pode acarretar em outros problemas na fase adulta. “Isso faz com que muitas crianças tornem-se egoístas, sem saber dividir as coisas com os outros. Quando os pais não impõem limite ao consumismo, colaboram para que as crianças tornem-se egocêntricas”, analisa. O sentimento de competição também são consequências prejudiciais à formação da personalidade. “Há também uma disputa com as outras crianças para saber quem é o melhor ou quem ganhou o melhor presente. Cabe aos pais ensinarem aos filhos maneiras diferentes de absorverem todas essas informações do consumo”, conclui. 

Reportagem: Jonathan Zanotto

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