Paulão relembra participação no revezamento
A consagrada trajetória de Paulo André Jukoski da Silva, o Paulão, como atleta, proporcionou ao atual técnico do Bento Vôlei reconhecimento no esporte nacional e, mais do que isso, a chance de viver novamente o espírito olímpico após o final da carreira, de uma maneira singular e marcante. Se em 1888, 1992 e 1996 Paulão foi convocado para representar a seleção brasileira de vôlei nas Olimpíadas, em 2004, ele foi chamado para compartilhar com o país o maior símbolo dos Jogos.
Paulão participou do revezamento da tocha olímpica dos Jogos de Atenas, em 2004, no Rio de Janeiro. O treinador recorda que foi um momento especial não apenas pela honraria de conduzir o símbolo, mas principalmente pela “celebração de alegria” provocada pela passagem da chama pelo Brasil. “Me emocionei muito pela alegria das pessoas, isso é o que me marcou bastante. Eu imaginava, é claro, que sendo um evento olímpico, seria muito bem organizado, muito bonito. Mas houve também uma carga emocional de celebração das pessoas, todas muito alegres, muito felizes, comemorando a passagem da tocha pelo Brasil. E aquela tocha não era de uma Olimpíada no Brasil, era da Olimpíada de Atenas. Agora, sendo nossa, passando pelo nosso povo, acho que será um motivo muito maior de celebração”, conta o porto-alegrense, 51 anos, que não poupou esforços para proporcionar aquela sensação também aos bento-gonçalvenses. O campeão olímpico em 1992 teve participação decisiva para a inclusão de Bento na rota do revezamento em 2016. “Eu fui bem recebido em Bento Gonçalves, com carinho, com respeito. Olha, há muito tempo eu estava procurando esse ambiente novamente para trabalhar. Fiquei muito feliz com isso, e quando soube que estavam quase fechando os trâmites do percurso da tocha, eu perguntei ao prefeito se havia interesse em trazê-lá para a cidade. Ele prontamente disse que sim, que seria um prazer, até porque há uma preocupação na questão educativa do esporte. Então entrei em contato com o Comitê, com o Ministério do Esporte. Houve todo um processo de conversação e mostrarmos o que Bento realmente faz pelo esporte foi fundamental. Não basta a cidade querer, ela tem que mostrar o que faz pelo esporte, e a gente teve argumentos para que Bento fosse escolhida para receber um símbolo tão forte. Já existe um investimento, não de um ano ou dois, e aí fica fácil você defender a candidatura para receber uma tocha olímpica”, frisa.
Paulão não esconde o desejo de outra vez participar do revezamento, mas considera fundamental que o momento seja propiciado, também, a figuras importantes e agregadoras à comunidade, como empresários, professores e estudantes. A definição dos responsáveis por conduzir o símbolo deverá ocorrer somente no início de 2016. Seja como condutores ou espectadores, no entanto, Paulão enfatiza: todos os bento-gonçalvense terão a chance de participar de um momento histórico para a cidade. “Eu acho que pode ser feita uma relação, inclusive, com as escolas e com a própria população, para que vão às ruas, comemorem. Será o momento de reforçarmos a qualidade de vida das pessoas que vivem em Bento, a cultura, a educação e o esporte, que é fundamental para esses pilares todos. Deve haver uma preparação para enfeitar a cidade, mas enfeitar com alegria, com as cores de Bento, do Brasil. Trata-se de uma celebração de alegria, que é o que resulta no esporte e o representa. Será o momento de levar a família, os filhos e fazer parte dessa história, afinal, quando é que passará de novo, em Bento, uma tocha olímpica representando uma Olimpíada no Brasil?”, argumenta.
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