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Pé na Lama: grupo de Bento leva solidariedade às regiões afetadas por enchentes

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Criado em 04 de setembro de 2023, o grupo ajudou os atingidos pela enchente que varreu o Vale do Taquari; agora, o grupo se reuniu e presta nova ajuda aos moradores

Pé na Lama: grupo de Bento leva solidariedade às regiões afetadas por enchentes
Foto: Redes sociais

Na situação de calamidade que 85% das cidades do Rio Grande do Sul vive nos últimos dias, um sentimento floresce com força, entre a lama e os destroços: a solidariedade. 

Um exemplo, em Bento Gonçalves, é o grupo Pé na Lama, que arregaçou as mangas e foi em busca de ajudar o povo.  

Criado em 04 de setembro de 2023, o grupo ajudou os atingidos pela enchente que varreu o Vale do Taquari. Estes voluntários foram os primeiros a chegarem em Roca Sales. O cenário era de guerra.

Na ocasião, se instalaram em um posto de gasolina abandonado, montaram uma cozinha industrial e começaram a produzir e entregar marmitas para a comunidade. “Lá a gente serviu em torno de 80 mil refeições durante os 20 dias em que a gente ficou lá acampados, auxiliando as pessoas”, afirma a arquiteta Caroline Josende, que está engajada no projeto desde o início.

Além da ajuda com alimentos, o Pé na Lama esteve no apoio de reconstrução das casas.

Agora, o grupo voltou à ativa para ajudar, novamente, o Vale do Taquari. Roca Sales, Muçum, Estrela, Bom Retiro e Lajeado são as cidades que têm recebido marmitas, água e demais itens necessários através do Pé na Lama.

“Hoje, nós somos um grupo em torno de 70 pessoas, voluntariado. […] A gente organiza caminhonete, junta dinheiro para gasolina, para comprar frutas, que é uma coisa que não vem para doação, para comprar carne e colocar nas marmitas, fazer o ‘salchipão’”, diz Caroline.

Por dia, são 13 caminhonetes e um caminhão que saem de Bento Gonçalves carregados de doações. O grupo montou as operações na rua Francisco de Carli, no Santa Marta, em frente à igreja do bairro. Ali, podem ser deixadas doações (de preferência, alimentos). Itens também são encaminhados do Campus Bento do Instituto Federal, que tem atuado como uma central de recebimento de doações.

Para Caroline, o ato de entregar a doação em mãos daqueles que precisam é um dos motores para as atividades continuarem. “O objetivo de todo mundo é o mesmo, sabe? É ajudar a chegar mais longe, é entregar em mãos. Saber que a gente está entregando em mãos é saber que a ajuda está chegando de verdade, que é diferente da gente ajudar deixando tudo em um posto de recolhimento. Então a gente pega as caminhonetes, coloca comida em cima e os voluntários vão de bairro a bairro, lá no fundo, aonde ninguém chega, e entrega para as pessoas que estão ilhadas. O sentimento é de gratidão deles. A gente recebe vídeos emocionantes, lindíssimos e é isso que nos move”, afirma.

Emocionada, ela destaca a fé como um guia neste momento tão triste para tantas pessoas. “Falo por todos os voluntários. O sentimento é de amor, é união e saber que a gente está cumprindo o nosso propósito aqui na Terra. Deus nos coloca no caminho certo. Ele nos entrega tudo que é preciso, é incrível. Quando está faltando alguma coisa de doação, ‘ai gente está faltando leite’, chega alguém lá com caixas de leite para doar”.

O grupo também se arrisca, chegando em comunidades isoladas, passando por locais destruídos pelas águas ou por deslizamentos de terra. “Acho que Ele [Deus] nos protege também, porque a gente passa por lugares que tu diz ‘eu nunca viria aqui’, e tu está lá, sabe? E tu só pede ‘Deus me proteja, que eu chegue na minha casa, que o nosso grupo chegue’”. “Cada pessoa que pega com nós o alimento nas caminhonetes fala assim ‘muito obrigada, que Deus te proteja’. Essa proteção só pode vir dali”, descreve Caroline, emocionada. 

O Pé na Lama aceita doações via PIX (chave CPF 007.337.740- 67 – Caroline Josende). O contato com o grupo pode ser realizado pelo telefone (54) 99944-9227

Nas redes sociais, o projeto é encontrado pelo @penalama2023

“Juntos, a gente é mais forte. Só isso que eu posso dizer. E que a gente pode mudar tudo. Juntos, a gente pode mudar tudo. Toda essa situação triste, toda essa calamidade, se todo mundo fizer um pouquinho, a gente pode mudar tudo”, diz Caroline.

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