Pelo fim da crueldade contra animais

Há mais de um ano, voluntários da Associação de Proteção aos Animais de Bento Gonçalves (APABG) vêm recebendo denúncias e relatos de moradores de um bairro da cidade onde um homem estaria torturando e até violentando cachorros de grande porte, em sua maioria fêmeas. Registros de ocorrência na Polícia Civil e ligações para órgãos de proteção aos animais já foram feitos, mas em função da falta de flagrante dos atos, o acusado ainda não foi punido. Para tentar chamar a atenção das autoridades a fim de penalizar o homem, voluntários e simpatizantes da causa estão organizando uma manifestação para a tarde de sexta-feira, dia 21, em frente ao Ministério Público, às 17h30.

O fato que motivou a mobilização aconteceu na noite de segunda-feira, dia 17, após uma vizinha presenciar o acusado enforcando um cachorro. Conforme o relato da jovem, publicado em uma rede social, o homem alegou que faria o que bem quisesse, uma vez que o animal era seu. A vizinha pediu então que o cachorro fosse entregue a ela, mas quando retornou para apanhá-lo, o cão havia sumido. Posteriormente, o acusado afirmou que havia devolvido o animal ao dono. Comovida, a mulher procurou a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e registrou um Boletim de Ocorrência, o 21º contra a mesma pessoa.

Conforme a apoiadora da APABG Daiane de Matos, testemunhas contam que ele chega a se oferecer para cuidar dos animais e vai buscá-los até em bairros distantes de onde mora. “Temos provas dos abusos que ele comete, inclusive com fotos, vídeo e laudos veterinários, além do relato dos vizinhos que ouvem os gritos dos cães. Ele geralmente pratica os atos no porão da casa. Cada semana ele está com um animal diferente e, depois, os cachorros desparecem”, conta. Ela ainda acrescenta que uma cachorra foi resgatada do local e encaminhada ao veterinário, que ficou espantado com o estado dela. “Não dava para encostar para examiná-la, ela estava apavorada. O laudo apontou que o animal estava com transtorno”, conta. Daiane descreve que no vídeo o acusado aparece agredindo um cachorro com socos e jogando spray no focinho do animal. 

As provas coletadas foram entregues na DPPA. Algumas pessoas, preocupadas com o fato, estiveram no Ministério Público, na tarde da última terça-feira, dia 18, para conversar com o promotor Élcio Resmini Menezes, a fim de buscar uma diretriz sobre como devem agir para evitar novos casos. 

O SERRANOSSA não identificará o acusado nem o bairro onde ele mora em respeito à lei, uma vez que contra ele existem até o momento apenas ocorrências policiais e Termos Circunstanciados, não tendo sido aberta acusação formal.

Reportagem: Katiane Cardoso


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