Perigo no cruzamento

Um acidente de trânsito envolvendo dois veículos, na noite do último dia 5, na esquina das ruas Xingu e Tietê, no bairro São Bento, trouxe à tona uma velha discussão entre proprietários de estabelecimentos, moradores e prefeitura. A comunidade reivindica a colocação de sistemas de proteção, como “guardrails” [barreiras de proteção que estabelecem os limites da pista], enquanto a secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Smurb) afirma não ser necessário. Um inquérito civil foi instaurado pelo Ministério Público, a pedido de pais de alunos de uma escola infantil que funciona nas proximidades, para verificar a possibilidade da instalação de uma proteção no local. 

Para minimizar os riscos, a Smurb reforçou a sinalização e instalou placas na extensão da rua Xingu, informando sobre o cruzamento perigoso, e na esquina com a rua Tietê. “Temos vários cruzamentos perigosos na cidade. Sabemos que para cada morador, que presencia um acidente, é bastante assustador, mas não podemos colocar um ‘guard rail’ em cada esquina da cidade. Já realizamos várias melhorias tanto na pintura quanto na sinalização naquele trecho. Colocamos placas, tachões e pintura da via, mas os condutores não respeitam a sinalização”, lamenta a arquiteta da Smurb, Rosana Guaresi.

Uma alternativa, conforme a especialista, seria a colocação de algum tipo de proteção dentro dos próprios terrenos. “Essa é uma responsabilidade que poderia ser compartilhada. Sempre há possibilidade, através de paisagismo, de colocar algo dentro do próprio terreno, como forma de proteção”, enfatiza.

Na última semana, o inquérito foi encaminhado à Promotoria do Município, com uma indicação da possibilidade de instalação de frades (postes de concreto) no referido cruzamento. A indicação foi feita pela Divisão de Assessoramento Técnico do Ministério Público, com sede em Porto Alegre. Segundo Rosana, esse tipo de ferramenta é utilizado apenas como um delimitador. “Costumam ser utilizados em locais onde não tenha raio de giro, mas nunca para segurar um carro. Não é o adequado, porque pode causar um acidente mais grave”, explica. O inquérito agora aguarda uma resposta da promotoria para verificar a melhor forma de resolver o impasse.

 
Reportagem: Katiane Cardoso

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