Perspectiva positiva para o plástico

A primeira-reunião janta do Sindicato das Indústrias Plásticas do Nordeste do Rio Grande Sul (Simplás) de 2012 trouxe um panorama positivo para a cadeia do plástico em nível mundial. Entre os fatores que mais contribuem para essa perspectiva, está a diversidade de aplicação desse produto em escala global, sua capacidade para absorver inovações tecnológicas e a crescente produção e utilização do “bioplástico – caracterizado pela produção a partir de matérias-primas renováveis.      

Paulo Teixeira, Superintendente Executivo da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), foi um dos palestrantes do evento que ocorreu na última semana, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). Ele apresentou o painel “O Futuro da Cadeia Plástica no Brasil” para representantes do segmento que lotaram o espaço do restaurante SICA.

Segundo o estudo apresentado por Teixeira, a tendência é de que o consumo per capita do plástico, que já cresce 5% ao ano nas últimas duas décadas, aumente em todas as regiões do mundo até 2015. “A demanda de plástico é crescente, considerando a sua variedade de aplicação nas mais diversas indústrias, desde embalagens para alimentos, produtos para construção civil, componentes eletroeletrônicos, até aplicações médicas”, destacou o representante da Abiplast. 

A produção mundial de plástico é estimada em aproximadamente 265 milhões de toneladas. Desse montante, o bioplástico chega a um índice de 0,2%, que tende a crescer, segundo Teixeira. “O estudo mostra que a produção do plástico feito a partir de fontes renováveis dobrará, considerando as possibilidades de aplicação apresentadas nas indústrias de cartões/informação, embalagens, veterinária, agrícola, higiene, embalagens, brinquedos, escolar, escritório e automobilística”, informou.

“O bioplástico é utilizado por nichos específicos de mercado que precisam ter agregado ao produto um apelo ambientalmente sustentáveis. Pesquisas apontam que consumidor está disposto a pagar até 20% a mais por produtos ambientalmente corretos”, destacou Teixeira. O estudo realizado pela Abiplast ainda evidenciou que o plástico é um dos produtos com maior capacidade para as novas demandas tecnológicas, como a elaboração de painéis flexíveis, telas de touchscreen e células fotovoltaicas.  

No Brasil

A avaliação de Teixeira quanto à cadeia plástica brasileira apontou a tendência do país se tornar um dos maiores fornecedores do petróleo do mundo, a partir da descoberta do Pré-Sal e com a realização da Copa do Mundo 2014 e as Olímpiadas 2016, já que os dois eventos demandam o plástico como componente fundamental em termos de infraestrutura. Segundo os dados apresentados, o Brasil também já está inserido na produção de Plástico Verde, produzindo atualmente 200 mil toneladas de Polietileno Verde e com projeto previsto para 2013 para início de produção de Propileno verde e bioplástico.

O presidente do Simplás, Orlando Marin, enfatizou os esforços e os investimentos do segmento na última década. “Estamos vivendo um estágio no qual o setor da indústria do plástico demonstrou ser arrojado e ter competência para crescer. A iniciativa privada investiu na racionalização dos métodos de produção, logística, marketing e representação”, avaliou.

Marin também fez um convite aos presentes para participarem da manifestação contra a desindustrialização que será promovida no próximo dia 26, em Porto Alegre (RS). O movimento tem como objetivo defender a produção e o emprego nacional e envolverá representantes das entidades sindicais patronais e dos trabalhadores, associações de classe e Federação das Indústrias, empresários e lideranças. 

A fabricação de ferramentais no Brasil e a competitividade

A segunda palestra da noite foi conduzida pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, Christian Dihlmann. Sob o tema “A fabricação de ferramentais no Brasil e o grau de competitividade no mundo globalizado, Dihlmann fez um retrospecto da realização do evento “Encontro Nacional de Ferrmentarias”, em várias cidades brasileiras, desde o ano de 2007.

“A partir desses encontros, detectamos a necessidade de não discutir apenas tecnologia, mas também definir estratégias para a manutenção e expansão de nossas empresas”, declarou. Ao fazer o chamamento para o 5º Encontro Nacional de Ferramentarias, que se realizará em maio de 2012, Dihlmann afirmou que o Brasil tem o potencial de ser uma das nações mais proeminentes do setor e que Caxias do Sul é uma das cidades brasileiras mais representativas para o segmento.

“Dentro de quinze anos, nosso país poder estar entre os maiores fornecedores de ferramentarias do mundo”, destacou. O 5ª Encontro Nacional de Ferramentarias acontece dia 18 de maio, em Caxias do Sul e tem o objetivo de informar os membros da cadeia produtiva de ferramentais sobre as ações realizadas no segmento e estabelecer premissas para regulamentar e alavancar o comércio de moldes e matrizes com produção nacional. 

Siga o SerraNossa!

Twitter: http://www.twitter.com/serranossa

Facebook: Grupo SerraNossa