Pesquisa vai fazer um diagnóstico dos quilombolas no Rio Grande do Sul

O estudo é uma parceria da secretaria da Agricultura com a Emater-RS/Ascar e será realizado em 134 comunidades remanescentes de quilombos do Estado, certificadas pela Fundação Cultural Palmares

Foto: Divulgação

Um estudo em parceria com a secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e a Emater-RS/Ascar irá traçar um panorama dos quilombolas no Estado. A pesquisa será realizada em 134 comunidades remanescentes de quilombos do Rio Grande do Sul, certificadas pela Fundação Cultural Palmares, e tem por objetivo elaborar um diagnóstico social, econômico e produtivo desta população.

O trabalho está sendo desenvolvido pelos Departamentos de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas (DDAPA) e de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Seapdr.

“Esta é uma demanda antiga da Divisão Quilombola e Indígena do DDAPA, visto que o último instrumento semelhante foi executado faz quase vinte anos”, destaca o diretor do DDAPA, Maurício Neuhaus. Segundo ele, é importante ter um diagnóstico atualizado do perfil destas comunidades para melhor atender às suas demandas e subsidiar a elaboração e execução de políticas públicas direcionadas a este público.

As primeiras entrevistas já foram realizadas em cinco comunidades quilombolas, todas na Regional de Porto Alegre, como um pré-teste para o diagnóstico. Elas estão sendo aplicadas pelos extensionistas da Emater. As informações serão fornecidas pelos próprios quilombolas e servirão para criar uma base de dados sistematizada de cada comunidade.

Além das entrevistas, será realizado um levantamento preliminar e o registro dos bens culturais materiais e imateriais representativos do patrimônio histórico e cultural destas comunidades pesquisadas.

“A secretaria da Agricultura, especialmente através do DDAPA, tem coordenado o acesso às políticas e programas oferecidos aos quilombolas, como projetos de extensão rural, crédito, apoio a projetos produtivos (sementes, fertilizantes, etc.), projetos de geração de renda (artesanato, panificação, etc.) comercialização”, destaca Maurício.

Oficinas

A preparação das equipes para a aplicação dos questionários foi feita através de oficinas preparatórias para os extensionistas dos 69 municípios onde estão sediadas as comunidades. Elas foram ministradas pela equipe coordenadora do diagnóstico.

As entrevistas vão ser realizadas até o dia 15 de abril.