PF desmente morte de idosa em ginásio de manifestantes presos

Segundo a PF, os detidos em Brasília tem acesso a água, comida, celulares e o local possui tendas de saúde do Corpo de Bombeiros para atendimentos

Foto: José Vianna/TV Globo

A Polícia Federal (PF) emitiu uma nota na madrugada desta terça-feira, 10/01, negando que uma idosa de 91 anos tenha passado mal e falecido após ser detida em um acampamento no Quartel-General do Exército, em Brasília. Segundo informações, cerca de 1,2 mil pessoas haviam sido tiradas do lugar na segunda-feira, 09/01, e levadas ao ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal. A decisão de desmonte deste e de demais acampamentos em frente a quarteis espalhados pelo país partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A informação do suposto óbito se espalhou pelas rede sociais. Contudo, a foto da idosa utilizada nos materiais está disponível em um banco de imagens da internet gratuito.

Foto: Twitter/Reprodução e Edu Carvalho/Pexels

Confira a declaração da Polícia Federal:

Na sessão extraordinária da Câmara dos Deputados na segunda, que tinha como objetivo aprovar o pedido do governo federal de intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal, a deputada Bia Kicis (PL-DF) reproduziu a “informação” e chegou a afirmar que a Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF) havia confirmado o caso. Após a sessão, no Twitter, Bia escreveu que tinha cometido um equívoco.

Alguns comentários em redes sociais afirmam que os detidos não tem acesso a água, comida ou bebida. O que também foi desmentido pela PF. Inclusive os celulares dos detidos não foram recolhidos, ficando a disposição para uso. Idosos tiveram preferência para passar pela triagem. A PF confirmou que houve casos de mal-estar entre alguns presentes, porém, foram prontamente atendidos, sem maior gravidade. Tendas de saúde foram montadas no local pelo Corpo de Bombeiros do DF.

Bento

Em Bento Gonçalves, o acampamento em frente ao 6º Batalhão de Comunicações foi desmontado na manhã de segunda-feira, 09/01, pela Brigada Militar. Seguindo a decisão de Moraes, o governador Eduardo Leite (PSDB) ordenou que, de forma pacífica, as forças de segurança fossem até os locais, em todo o Estado, e desmontassem os acampamentos. Na Capital do Vinho, cerca de 30 brigadianos, 10 veículos e um micro-ônibus atuaram na operação. Os manifestantes que restavam no local não apresentaram resistência.