Piloto de Bento fala sobre morte na motovelocidade

O último final de semana foi marcado pela morte do piloto caxiense Willian Onzi, de 32 anos, no Autódromo Internacional de Guaporé. Durante a quarta volta da primeira etapa do Campeonato Gaúcho de Motovelocidade, na categoria Superbike, ele se envolveu em acidente com outras duas motos e não resistiu aos ferimentos causados pela colisão.

O piloto bento-gonçalvense Robson Portaluppi estava em segundo lugar na corrida quando o aconteceu o acidente e falou com o SERRANOSSA sobre o ocorrido, sua carreira e o futuro da categoria depois da tragédia.  Confira a entrevista:

Jornal SERRANOSSA: Como tudo aconteceu?

Robson Portaluppi: Eu estava em segundo lugar, já havia passado por aquela parte da pista. Eu saí da curva 1 para ir para a 2 e só pude ver fumaça e confusão. Na hora, soube que havia acontecido algo muito sério.

SERRANOSSA: Que impacto uma morte na pista traz para você?

Portaluppi: É difícil falar. É um impacto emocional muito grande. Em um primeiro momento, muita gente fala que vai parar, que não vai mais correr. No meu caso, é muito cedo para afirmar que vou parar, mas isso não significa que essa hipótese não tenha passado pela minha cabeça.

SERRANOSSA: E para o esporte? Já conversou com outros colegas?

Portaluppi: Com certeza essa tragédia representa um balde de água fria para todos. Sempre levantamos a bandeira de que correr na pista é mais seguro que na estrada. Com certeza é, mas a morte do Willian coloca um ponto de interrogação na cabeça de cada piloto.

SERRANOSSA: Como o Willian era na pista? Ele se arriscava muito?

Portaluppi: Não. Ele andava porque gostava. Dentro do que ele se propunha a fazer, andava muito bem, mas não corria riscos demais. Fora das pistas era muito sociável. Muita gente dentro do circuito se odeia, mas ele não tinha inimigos.

SERRANOSSA: A Federação Gaúcha de Motociclismo já falou com os pilotos após o acidente?

Portaluppi: Não. O acidente é muito recente. A próxima etapa é dia 27 de maio. Até lá poderemos todos analisar o caso com a cabeça mais fria e decidir nosso futuro e o futuro da categoria no Estado.

 

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