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PM é indiciado por suspeita de acobertar trabalho análogo à escravidão e torturar safristas em Bento

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O soldado Márcio Squarcieri, de 39 anos foi indiciado por quatro crimes

Foto: MPT/Divulgação

A Corregedoria-Geral da Brigada Militar indiciou por quatro crimes um policial militar suspeito de acobertar trabalho análogo à escravidão, em Bento Gonçalves.

O soldado Márcio Squarcieri, de 39 anos, que atua no 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas, o 3° Bpat, foi identificado como o chefe de segurança da pousada onde os 207 safristas da colheita da uva foram resgatados, no dia 22/02.

Squarcieri foi indiciado pelos crimes de tortura, ameaça, prevaricação e redução de trabalhadores à condição análoga à de escravidão.

O policial militar foi afastado do patrulhamento nas ruas e colocado em serviço interno. Os principais indícios contra ele são depoimentos prestados por trabalhadores resgatados da condição análoga à escravidão. Em pelo menos um caso, ele foi reconhecido por fotografia como autor de suposto espancamento.

A PF ainda não concluiu o inquérito, no qual investiga, além do PM, dois empresários que teriam submetido os 207 safristas à condição de trabalho análogo à escravidão.

O que diz a defesa de Márcio Squarcieri:

Em depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM), o policial se reservou ao direito de se manter em silêncio.

O defensor de Squarcieri, Maurício Custódio, diz que seu cliente é “inocente, uma pessoa de bem, brigadiano exemplar, que respeita as primazias da legalidade e do Regimento Disciplinar da BM. “O IPM tem um viés político, feito sob pressão, para dar satisfação à sociedade”, acredita o advogado.

Fonte: GZH

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